Apesar de Mauá ter encerrado o ano com saldo negativo na geração de emprego – foram fechadas 3.366 vagas na cidade em 2015, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – e queda na arrecadação por conta da crise, Luis Lisboa, diretor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mauá, comemora a chegada de algumas novas empresas à cidade, com a criação de 418 vagas de trabalho entre novembro e dezembro do ano passado e a expectativa de geração de outras 1.480 vagas até o final de 2016 por conta da chegada de novos empreendimentos, já confirmados, à cidade. Outros 6.282 postos de trabalho poderão ser abertos se alguns projetos em discussão forem confirmados.
Segundo, Lisboa, a Ambev contratou 143 funcionários para o centro de distribuição (CD), que começou a funcionar em novembro. No mesmo mês a rede atacadista Seta inaugurou uma unidade na cidade com a contratação de 135 empregados e a Weg colocou em operação, em dezembro, uma fábrica de tintas que gerou 140 novas vagas.
Para 2016, o diretor afirma que já estão certos o início das atividades da distribuidora de aço inoxidável Elinox, em fevereiro, e que resultará na contratação de 150 trabalhadores; da oitava unidade, no município, da rede de supermercados Lourencini (130 vagas), também em fevereiro; e do centro de distribuição do supermercado Dia%, em maio, que empregará 600 pessoas. Soma-se a esses números a ampliação da Jea Metalúrgica, cuja conclusão está prevista para maio e que resultará na contratação de 60 empregados.
“Também será inaugurado, até novembro, um hospital privado que contará com agência bancária e lanchonete. O empreendimento empregará 500 pessoas”, garante Lisboa, que não quis adiantar o nome da rede hospitalar, mas que deve ser a Rede D’or, que conta com unidades em Santo André e São Bernardo e cujo interesse em Mauá já foi anunciado anos atrás.
Além desse hospital, estariam interessados em se estabelecer no município um empresa italiana do segmento de comércio que, se confirmar, vai gerar entre 2 mil e 3 mil vagas, um call center (2 mil a 3 mil vagas), uma empresa do setor industrial (400), uma multinacional mexicana da área comercial (682) e duas lojas de uma rede de fast food (200). Uma rede hoteleira também estuda instalar unidade em Mauá. “Não posso adiantar os nomes dessas empresas porque as negociações estão bem no início”, disse.
Lisboa afirma que para atrair empresas o município tem oferecido incentivos seletivos com redução de impostos municipais de acordo com o tipo de empreendimento. Essas incentivos são calculados de acordo com o número de empregos assim como a qualidade deles (se precisa ou não de mão de obra qualificada) e potencial de geração de receita.
Em sua opinião, Mauá tem uma vantagem sobre as demais cidades por ainda contar com terrenos grandes disponíveis e por não estar dentro de área de manancias. Mesmo assim, concorda ser difícil competir com cidades do interior ou de outros Estados. “Não podemos doar terrenos, nem oferecer mão de obra barata. Mas estamos muito bem localizados, temos mão de obra qualificada e o rodoanel contribuiu para eliminar os problemas logísticos decorrentes dos congestionamentos. Agora, é fácil e rápido entrar e sair de Mauá”.