Relação etanol/gasolina avança a 74,03% em SP, aponta Fipe

Abastecer o carro com biocombustível na capital paulista continua desvantajoso, como mostram dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

De dezembro para janeiro, a relação média entre os preços do etanol e os da gasolina acelerou de 73,09% para 74,03%, seguindo no maior nível desde abril de 2011 (80,80%), conforme a Fipe. Entre a terceira e a quarta semana do mês passado também houve aceleração, de 74,30% para 75,97%.

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Os preços dos dois combustíveis desaceleraram o ritmo de alta no fim de janeiro, no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo. A gasolina arrefeceu para 0,58%, na comparação com variação de 1,14% no fechamento do IPC de dezembro, enquanto o etanol subiu 2,20%, ante 2,60% no último mês de 2015. O IPC, por sua vez, ficou em 1,37% em janeiro, no confronto com 0,82% anteriormente.

O coordenador do IPC-Fipe, André Chagas, acredita que a relação entre os preços do etanol e os da gasolina tem margem para continuar avançando nos próximos meses, por causa do volume mais baixo dos estoques e do período de entressafra da cana-de-açúcar.

Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.

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