Após 3 dias de baixas, dólar avança 0,63% e fecha a R$ 3,9924

Depois de três dias consecutivos de baixa, o dólar passou por um ajuste nesta terça-feira, 2, e fechou em alta de 0,63% no mercado à vista, cotado a R$ 3,9924. O mau humor nos mercados globais diante de mais uma forte queda dos preços do petróleo justificou a correção, que ocorreu de maneira moderada, com investidores recompondo algumas posições compradas.

Em três dias de baixa, a moeda americana havia perdido 3,19%, voltando ao patamar abaixo dos R$ 4,00. Ontem a queda se manteve mesmo em meio ao recuo dos preços do petróleo, num movimento sustentado pelo ingresso de recursos para os mercados de ações e renda fixa. Nesta terça-feira, a nova queda da commodity reacendeu a aversão ao risco e acabou por interromper essa tendência. Com isso, o dólar ganhou força diante de praticamente todas as moedas de países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil.

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Na máxima do dia, a divisa chegou a atingir R$ 4,0190 no mercado à vista, com alta de 1,30%. À tarde, houve certa desaceleração. Segundo profissionais do mercado de câmbio, o avanço só não foi maior porque, mais para o fim da sessão, a percepção de que é alto o custo de carregamento de posições compradas reconduziu a divisa para abaixo dos R$ 4,00.

No cenário doméstico, um dos destaques foi a divulgação da produção industrial brasileira, que caiu 0,72% em dezembro ante novembro e fechou 2015 com retração de 8,3%. O resultado no ano é o pior desde o início da série histórica, em 2003. Os dados fracos reforçaram as apostas de manutenção da Selic nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) neste ano.

No cenário político, o destaque ficou por conta da abertura da sessão conjunta do Congresso Nacional, após o recesso parlamentar. A cerimônia que abriu os trabalhos legislativos de 2016 contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, que desde 2011 não comparecia ao evento. Apesar de ter sido vaiada cinco vezes e interpelada por uma deputada tucana durante seu discurso, Dilma avaliou como “ótima” a receptividade de deputados e senadores. O discurso da presidente, que buscou engajar o Congresso em torno das medidas de ajuste fiscal, foi monitorado no mercado, mas não trouxe novidades além do que já era esperado.

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