‘Guerrilheiras’ revê as combatentes que lutaram na ditadura

Durante o mergulho na histórica região do Araguaia, o espetáculo Guerrilheiras,
ou Para a Terra Não Há Desaparecidos bebeu na fonte do conflito armado ocorrido em 1967, na região do Pará e Tocantins, durante a ditadura militar. No campo de batalha, entre eles, muitas mulheres, contra 5 mil homens do Exército. O recorte feito foca a vida dessas combatentes. Idealizado por Gabriela Carneiro da Cunha e dirigido por Georgette Fadel, o projeto levou a equipe por duas semanas ao local.

No ano passado, a peça teve uma breve pré-estreia no Itaú Cultural e entra em cartaz nesta sexta, 15, no Sesc Belenzinho, Rua Padre Adelino, 1.000, com série de palestras Arte – Substantivo Feminino. A ideia inicial ganhou desdobramento em 2016, com uma nova empreitada, desta vez na região do Rio Xingu. “Tudo começou com uma reportagem feita por Eliane Brum sobre a Usina de Belo Monte e estamos preparando uma viagem para lá. Nossa proposta não pode terminar com a realização de uma peça apenas”, comenta Gabriela.

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Com direção da também diretora teatral Maria Thais, a equipe vai adentrar a região para conhecer o cotidiano de famílias que foram atingidas pela construção da obra. “Foi uma coincidência. Eu vinha pensando em um trabalho parecido”, conta ela. Em Guerrilheiras, Maria diz que o objetivo é olhar para a vida dessas pessoas, mas sem querer substituir a voz delas. “É um compromisso ético e poético de artista. E isso segue para toda a vida.”

PROGRAMAÇÃO

Mulher e Resistência
21/1, às 20h. Tema: Quem são as guerrilheiras de agora? Com a atriz Roberta Estrela DAlva, diretora Georgette Fadel

Mulher, realidade e poética
28/1 às 20h. Tema: A criação do espetáculo e a história política brasileira. Com Maria Thais, a dramaturga Grace Passô e a artista visual Berna Reale

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