Juros futuros recuam em dia de ajustes à espera do Copom

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O mercado futuro de juros deu continuidade nesta terça-feira, 12, aos ajustes preparatórios para a reunião periódica do Comitê de Política Monetária (Copom), que na próxima semana anuncia sua decisão sobre a taxa Selic. Em meio a diferentes análises e à falta de um consenso duradouro sobre a política monetária do Banco Central, hoje o mercado encontrou espaço para reduzir os prêmios de risco nos vencimentos mais curtos da curva de juros.

Ainda sob efeito do tom “hawkish” do Banco Central ao justificar a inflação de 2015 acima da meta, a maioria das apostas ainda é de que o Copom elevará a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, o que levaria a taxa básica a 14,75% ao ano. Ao final dos negócios no horário regular da BM&F, 80% das apostas iam nessa direção. Ontem esse porcentual havia ficado em 85%. As projeções da curva de juros também mostram que o mercado aumentou as apostas em um ciclo de altas de juros mais brando, com duas ou três doses de aumentos da taxa básica.

A queda do dólar durante praticamente todo o dia também contribuiu para o fechamento das taxas curtas e intermediárias, além de manter as taxas longas perto dos ajustes da véspera, mesmo com um cenário internacional turbulento. O noticiário interno foi escasso em termos de divulgação de indicadores econômicos.

Pela manhã, a Fipe anunciou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou alta de 0,88% na primeira quadrissemana de janeiro, mostrando leve aceleração frente à leitura de dezembro, quando o IPC avançou 0,82%, segundo pesquisa da Fipe.

Ao final dos negócios no horário regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2016 tinha taxa de 14,670%, ante 14,691% do ajuste de ontem. O vencimento de janeiro de 2017 projetava taxa de 15,52%, de 15,60%. Na ponta mais longa da curva, o DI para janeiro de 2021 terminou com taxa de 16,33%, de 16,35%.