Reforçando a idéia de que a limpeza do ciclismo não será conseguida imediatamente, a federação espanhola anunciou que manterá Alejandro Valverde na equipe para o Campeonato Mundial de Estrada, apesar da proibição da União Ciclística Internacional (UCI).
Na quarta-feira, 12 equipes profissionais assinaram um acordo para submeter cada atleta a 30 exames antidoping por ano, mas ontem a federação alemã anunciou que manterá a estrela Erik Zabel, usuário confesso de hormônios sintéticos na Volta da França de 1996.
“Continuo contando com Valverde, pelo menos até nova ordem”, disse hoje o técnico da Espanha, Francisco Antequera. “Alejandro passou por um exame por estar pré-selecionado. Nossos planos não mudarão de forma alguma.”
O Mundial de Estrada será disputado entre os dias 26 e 30 de setembro, em Stuttgart.
Baseado em 6 mil páginas de documentos da Operação Porto, que desvendou uma rede de manipulação sanguínea para melhora de desempenho de atletas, a UCI pediu a suspensão de Valverde.
O presidente da federação espanhola, Fulgencio Sánchez, disse não ter como investigar Valverde já que não há novidades no caso.
A boa notícia em relação ao combate ao doping hoje foi a resolução da equipe Astana de demitir Andrej Kashechkin, do Cazaquistão, após a contraprova de seu exame surpresa feito em 1º de agosto confirmar que ele fez transfusão de sangue.