Construção defende investimento privado para Copa-2014

O sucesso da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, dependerá basicamente da maciça participação do setor privado nos investimentos necessários. A avaliação foi feita pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, e pelo vice-presidente da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Ralph Lima Terra, durante o 8º Encontro Nacional das Empresas de Arquitetura e de Engenharia Consultiva (Enaenco), que acontece hoje e amanhã na capital paulista.

As estimativas de investimentos necessários para a Copa do Mundo de 2014 apontam para uma cifra da ordem de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 18 bilhões). Paulo Simão disse que dois terços dos investimentos deverão ficar por conta do setor privado. Na exposição que fez, o presidente da CBIC afirmou que um dos segmentos que devem liderar este investimento é o imobiliário. “As arenas poliesportivas hoje, no mundo, são inteiramente bancadas pelo setor privado e isso deverá se repetir no Brasil”, destacou.

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A construção de arenas poliesportivas foi defendida pelo ministro dos Esportes, Orlando Silva, hoje de manhã, ao participar do Enaenco. O secretário de Esportes da Prefeitura de São Paulo, Walter Feldman, que também esteve presente no evento, adiantou que a construção de uma arena na cidade de São Paulo, para a Copa de 2014, já está sendo discutida pelas autoridades governamentais. Feldman também defende que a iniciativa privada banque projetos deste gênero.

O vice-presidente da Abdib ressaltou que a Copa de 2014 será uma grande oportunidade para o Brasil não repetir os mesmos erros registrados nos Jogos Pan-Americanos, realizados em julho deste ano, no Rio de Janeiro. Uma das críticas foi o alto custo do empreendimento e a elevada participação do governo nesta obra. “Na preparação da Copa de 2014, o governo já começa da maneira certa, pois está criando comitês em parceria com o setor privado de infra-estrutura para fazer o planejamento dos projetos”, comentou.

Ralph Terra também acredita que a participação do setor privado na realização da Copa 2014 é fundamental para o sucesso deste evento no Brasil. Ele alertou para a necessidade de o governo acelerar os investimentos de infra-estrutura no País e sugeriu a abertura de uma maior participação do setor privado nestes projetos. “Por que o setor privado não pode construir aeroportos?”, questionou. O empresário citou o trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro como um dos projetos fundamentais para a estrutura da Copa no Brasil.

Paulo Simão argumentou que este evento é um grande presente para o País. “A Copa 2014 representa dez PACs (Programa de Aceleração do Crescimento). E temos que ter em mente a preparação da Copa não apenas para 30 dias, mas para 30 anos”, enfatizou.

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