BC destaca aumento de riscos de inflação

O Banco Central afirma, no Relatório Trimestral de Inflação divulgado hoje, que o balanço de riscos para a trajetória da inflação tornou-se menos favorável tanto do ponto de vista interno, como por conta dos fatores externos.

“No âmbito doméstico, o ritmo de expansão da demanda, que deve continuar sustentado, entre outros fatores, pelo impulso derivado do relaxamento da política monetária implementado este ano, ganha cada vez mais relevância para a dinâmica inflacionária”, diz o texto. “Por outro lado, os últimos desdobramentos sugerem que a contribuição dos setores externos para consolidar um cenário inflacionário benigno pode estar se tornando menos efetivo”, observa o BC.

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O relatório destaca que o cenário externo alterou-se de forma importante desde junho por conta das turbulências oriundas do mercado imobiliário norte-americano, que se transmitiram para o sistema financeiro e causaram problemas nos mercados interbancários. De acordo com o BC, tal situação teve impacto sobre as perspectivas de política monetária dos EUA, Europa e Japão.

EUA

O relatório destacou que a crise no setor imobiliário norte-americano aumentou a chance de uma desaceleração econômica mais forte na economia daquele país. O documento pondera que, apesar da atividade econômica robusta na Europa e grandes economias asiáticas, o cenário de atividade econômica global pode sofrer reflexos negativos da crise dos EUA.

“Essa avaliação ganha suporte ao se verificar que, na China, o crescimento da inflação deve dominar as decisões de política monetária. Apesar dessa fonte de preocupação, em geral, as perspectivas para o crescimento da economia mundial ainda permanecem favoráveis, embora menos otimistas do que por ocasião da publicação do último relatório e, decerto, envoltas em maior grau de incerteza”, diz o BC no relatório.

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