City londrina quer trabalhar com o Brasil, diz prefeito

O prefeito do distrito financeiro de Londres, Lord Mayor John Stuttard, teceu vários elogios ao desenvolvimento recente da economia brasileira e disse que há interesse em fazer parceria entre o Brasil e o Reino Unido, durante almoço realizado pelo 3º Congresso Internacional de Derivativos e Mercado Financeiro e em entrevista coletiva à imprensa, em Campos de Jordão. “Estamos interessados em trabalhar com Brasil”, afirmou. “E isso não é coisa para inglês ver”, brincou.

De acordo com o prefeito, os investidores da City londrina acompanharão, por exemplo, o lançamento do leilão de crédito de carbono, marcado para ocorrer aqui em 26 de setembro. “Estamos vendo com bons olhos a entrada do Brasil no mercado de crédito de carbono”, afirmou. “Mas o Brasil poderia fazer mais do que está fazendo”, ponderou. Segundo ele, do total de negócios realizados no ambiente do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (CDM, na sigla em inglês) , a participação brasileira se restringe a apenas 6%, enquanto o Reino Unido conta com uma fatia de 50%.

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Stuttard está em visita ao Brasil durante três semanas. Na primeira, segundo ele, conheceu o País passeando em férias com a esposa e nas outras duas a viagem passou a ser de negócios. “Ficarei no total três semanas no Brasil. Viajo muito pelo mundo, mas este é o País em que ficarei mais fora em 2007 e isso significa que a City londrina reconhece a importância do Brasil”, comentou.

O prefeito da City citou números positivos da economia brasileira, como as reservas internacionais, que somam mais de US$ 160 bilhões, o intervalo de inflação de 3% a 5% e o crescimento, que deve ficar de 4% a 5%. “Esta é uma nova realidade da economia brasileira”, elogiou. O problema, segundo ele, é que estes números são pouco conhecidos no Reino Unido e uma das funções de sua viagem ao Brasil é a de levar as informações aos interessados no País.

“Esta informação não é bem conhecida em Londres. A imagem que o Brasil tem do Reino Unido está desatualizada em 20 anos e a imagem que o Reino Unido tem do Brasil, em 10 anos”, comparou. Ele contou, porém, que recentemente economistas e jornalistas ingleses vêm escrevendo mais a respeito do País. “Esta é uma terra de oportunidades. Estou impressionado com o que estou vendo aqui”, afirmou.

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