ONS: risco de racionamento em 2011 é inferior a 5%

O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chip, descreveu hoje, em entrevista coletiva à imprensa, a apresentação que fez pela manhã ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Ele minimizou o risco de o País enfrentar um novo racionamento em 2011. Segundo suas projeções, se o PIB crescer a uma taxa de 4% ao ano até 2011, o risco de apagão seria de, no máximo, 4% no sistema Sudeste/Centro-Oeste. Para um PIB maior, de 4,8%, o risco nas mesmas regiões seria também de 4,8%. Ele ressaltou que as projeções do ONS só consideram risco caso haja um déficit de abastecimento superior a 1% do consumo.

As estimativas do ONS levam em conta três premissas: o cumprimento do cronograma de implantação das principais obras que estão em andamento, como por exemplo as hidrelétricas de Estreito, Serra do Facão e Foz do Chapecó; a venda de pelo menos 1.400 MW médios no leilão de energia A-3 de 2008; e o cumprimento do termo de compromisso assinado pela Petrobras com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para fornecimento de gás às térmicas.

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O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim disse que as projeções do ONS retratam, inclusive, que, mesmo em um cenário “não factível”, de o leilão de 2008 não vender energia alguma, o risco de desabastecimento no Sudeste/Centro-Oeste chegaria no máximo a 5,9%. “Até eu fiquei estarrecido com isso.”

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