BC: emprego, renda e crédito vão sustentar economia

Os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avaliam na ata da última reunião, divulgada hoje, que a expansão do nível de emprego, da renda dos brasileiros e do crédito continuará impulsionando a atividade econômica ao longo dos próximos meses. De acordo com o documento, os gastos do governo também permanecem contribuindo para esse avanço da atividade econômica: “A esses fatores devem ser acrescidos os efeitos da expansão das transferências governamentais e de outros impulsos fiscais ocorridos no primeiro semestre e esperados para os próximos trimestres”. O último encontro do Copom ocorreu na semana passada, quando a Selic foi reduzida em meio ponto para 11,50% ao ano.

Na avaliação dos participantes do comitê, os efeitos defasados dos cortes de juros sobre a demanda agregada, que “já cresce a taxas robustas”, se somarão a outros fatores para o crescimento da atividade econômica. “Essas considerações se tornam ainda mais relevantes quando se levam em conta nítidos sinais de demanda aquecida e o fato de que as decisões de política monetária terão efeitos limitados sobre 2007, e passarão a ter impactos predominantemente sobre 2008”, afirma a ata.

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Projeção de IPCA

O BC informa na ata que a projeção de inflação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano teve uma elevação em relação à estimativa feita na reunião de junho. O documento não traz o valor da nova estimativa, mas afirma que a previsão permanece abaixo do centro da meta de 4,5% fixada para este ano pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Nesse cenário de referência para a inflação, foi levado em consideração a manutenção das taxas Selic em 12% ao ano e de câmbio em R$ 1,90 por dólar. Já a projeção de inflação para 2008 teve redução.

No cenário de mercado, traçado com base em trajetória de juros e câmbio projetada pelos analistas do mercado financeiro, a estimativa de inflação para o IPCA também teve elevação em comparação a junho, mas continua inferior ao centro da meta. Para 2008, a projeção de IPCA no cenário de mercado teve queda.

Fatores externos

Os diretores do BC avaliaram, na ata da última reunião do Copom, que as influências de fatores externos e internos sobre o balanço de riscos para a trajetória esperada da inflação continuam atuando em direções opostas.

O setor externo, de um lado, contribuindo para ampliar a oferta agregada e com influência benigna sobre a trajetória de inflação. E do lado oposto, a expansão da demanda doméstica colocando risco para a inflação.

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