Itália, Japão e Coréia cobiçam trem-bala entre SP e Rio

Depois de anos de esquecimento, o transporte ferroviário de passageiro de longa distância voltou ao centro das atenções. Com a crise aérea, o projeto do trem-bala entre São Paulo e Rio ganhou a simpatia especialmente da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O que significa meio caminho andado para que saia do papel.

Recentemente, a ministra esteve na Itália conversando com investidores para levar adiante o empreendimento. A empresa italiana Italplan já fez um estudo do trem-bala brasileiro em parceria com a Valec. Segundo o presidente da Valec, Juquinha das Neves, o projeto teve o aval do Tribunal de Contas da União e agora está na Casa Civil.

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O trem terá capacidade para 855 passageiros e irá da Estação da Luz, em São Paulo, até a Central do Brasil, no Rio. O tempo de viagem está previsto em 1 hora e 25 minutos e a passagem custará US$ 60 (R$ 118). Uma viagem de carro ou ônibus dura em média cinco horas. De avião, são 45 minutos. O trem de alta velocidade custará em torno de US$ 9 bilhões.

Segundo Neves, japoneses e coreanos também já manifestaram interesse em participar da empreitada, que terá 403 km. “Será tudo privado. A intenção é fazer o leilão até o fim do ano para que as obras sejam iniciadas em 2008. A Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) já está conduzindo o processo”, afirmou o presidente da Valec. Segundo ele, as conversas com o Ibama já estão avançadas para o licenciamento ambiental.

Em 2006, o mesmo trajeto era feito pelo Trem de Prata, desativado na década de 90. Símbolo de glamour, a composição levava oito horas e custava R$ 120 na cabine mais barata.

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