FGV: índice de confiança da indústria cai 1,8% em maio

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, caiu 1,8% em maio ante abril, em comparação com o aumento de 3,9% em abril ante março, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa é a oitava edição do indicador, calculado com base em seis quesitos da sondagem.

Segundo a FGV, o ICI é um indicador que utiliza para cálculo uma escala que vai de zero a 200 pontos. O resultado do índice é de queda ou de elevação, conforme a pontuação das respostas ficar abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente. Ao se considerar o patamar de pontuação, o mês de maio registrou 118,2 pontos, ante 120,4 pontos em abril. Ainda de acordo com informações do comunicado da FGV sobre o índice, “apesar da queda, o índice manteve-se em patamar elevado, sendo o segundo maior desde outubro de 2004 (119,8)”.

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A FGV esclarece que “a evolução no mês (de maio) decorre, em grande parte, de fatores sazonais”. A fundação observou que, no período de 12 meses até maio, o ICC apresenta avanço de 15,9%, sendo o maior, nesta base de comparação, desde julho de 2004 (42,8%).

Situação presente e expectativas

Entretanto, entre abril e maio, houve piora tanto das avaliações a respeito da situação presente quanto das expectativas para os próximos meses. O ICI é composto por dois indicadores: o Índice da Situação Atual, que caiu 1,8% em maio ante abril, ante aumento de 2,4% em abril ante março; e o Índice de Expectativas, que apresentou queda de 2,4% em maio ante abril, em comparação com a alta de 5,6% em abril ante março. Mas em 12 meses, nesses dois indicadores, “houve um crescimento de 24% e de 8,2%, respectivamente”.

Ao detalhar o resultado de maio, a FGV esclarece que, dos quesitos relacionados ao presente, um dos melhores resultados no período de 12 meses até maio ocorreu na avaliação a respeito do nível de demanda. “Entre maio de 2006 e maio de 2007, a proporção de empresas que avaliam o nível atual de demanda como forte aumentou de 10% para 26%; a parcela das que o avaliam como fraco reduziu-se de 22% para 7%”, informou.

No caso das expectativas, o maior avanço ocorreu nas previsões relativas à contratação de pessoal pela indústria. Entre as empresas pesquisadas, 26% prevêem aumento do contingente de mão-de-obra nos próximos três meses e 10% esperam piora. Em maio de 2006, estas parcelas eram, respectivamente, de 22% e 21%.

A Sondagem da Indústria Nacional de Transformação consultou 1.088 empresas entre os dias 2 e 28 de maio.

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