Telefónica terá de vender empresas no País, diz Oi

O presidente do Grupo Oi (ex-Telemar), Luiz Eduardo Falco, disse que, se for confirmada a entrada da Telefónica no controle da Telecom Italia, o grupo espanhol provavelmente terá de se desfazer de ativos que passaria a deter no Brasil. A legislação brasileira proíbe que um mesmo controlador participe de duas áreas diferentes de concessão. Com a compra, a Telefónica passaria a controlar as operadoras de celulares TIM (da Telecom Italia) e Vivo (da Telefónica e da Portugal Telecom). E, na telefonia fixa, herdaria 38% das ações da Brasil Telecom, além da operadora que tem em São Paulo, a Telefônica.

Falco fez o comentário ressaltando que não conhecia detalhes do negócio e era preciso aguardar. Ele também ponderou que o grupo espanhol pode ter uma participação muito importante nas decisões da Telecom Italia, o que, praticamente, caracterizaria o controle. A Telefónica ficaria com 10% das ações da Telecom Italia, além do direito a duas cadeiras no conselho de administração.

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A estratégia da Telefónica no Brasil será defender que a empresa não é majoritária no consórcio Telco, no qual detém participação de 42%. E que o consórcio controlará a Telecom Italia com apenas 18% de participação.

O presidente da Telefônica no Brasil, Antônio Carlos Valente, que ligou duas vezes para o ministro das Comunicações, Hélio Costa, para comunicar o negócio, deve fazer um extenso périplo por Brasília para explicar detalhes da compra. Devem ser agendadas audiências com Costa, com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e com a diretoria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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