Cerveja ganha status e um novo consumidor

A febre das cervejas especiais chegou ao Brasil – ainda que com alguns anos de atraso. O renascimento da bebida levou europeus e americanos a fabricar e consumir cerveja artesanal nos anos 80 e 90 e agora faz brasileiros freqüentarem bares especializados, consumirem mais bebidas importadas e chegarem a pagar R$ 60 por uma cerveja vendida em garrafa de champanhe. Outro sinal dos tempos: essa bebida, que tem preço de vinho, não é belga, alemã ou irlandesa. Ela é fabricada por duas jovens cervejarias brasileiras.

As cervejas da categoria especial (ou premium) são aquelas que custam pelo menos 15% mais que as tradicionais. Nela se incluem desde a Bohemia, da AmBev, até Monasterium e Lust (as de R$ 60), fabricadas pelo mesmo método do champanhe pela mineira Falke Bier e pela Eisenbahn, de Blumenau.

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O mercado premium movimenta R$ 1,4 bilhão por ano e representa 7 6% das vendas (em faturamento) de cerveja no Brasil. Essa é a categoria que mais cresce – de 2001 para cá, a participação nas vendas totais da bebida mais que dobrou, segundo fabricantes. “Poucos ainda vêem a cerveja com olhos de sofisticação. É um negócio que só está começando, mas todas as cervejarias brasileiras, grandes ou pequenas, estão buscando esse nicho para se diferenciar”, diz a presidente da Associação dos Profissionais em Cerveja e Malte e beer sommelier, Cilene Soarin. (da AE)

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