Marisa Monte retorna a SP com Universo Particular

A diva da MPB está de volta. E, como prova do fenômeno que é, mal abriu as vendas e já teve sessões extras agendadas. É o que se espera, invariavelmente, quando se fala de Marisa Monte. Espécie de hours-concours da música brasileira, a cantora segue na contramão dos baixos índices de mercado fonográfico. Seus últimos dois discos, ?Universo ao meu Redor? e ?Infinito Particular?, lançados simultaneamente no início do ano passado pela EMI, venderam bem (dentro do cenário atual de crise) e sua turnê é um indiscutível sucesso.

Pois é a junção desses dois álbuns que dá nome à turnê: ?Universo Particular?. E é com ele que Marisa Monte retorna a São Paulo, a partir de hoje, para uma temporada de onze apresentações, no Tom Brasil Nações Unidas. Inicialmente, seriam apenas seis shows em dois finais de semana, mas a procura foi tanta que a casa abriu outras seis novas apresentações e segue até 02 de setembro.

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A rapidez das vendas não chega a impressionar. No ano passado, quando estreou a temporada em São Paulo, no Credicard Hall, o que se viu foram todos os shows lotados, assim como nas demais cidades brasileiras por onde seguiu – 18, no total. Após o Brasil, Marisa Monte ainda mostrou seu ?Universo Particular? em 24 cidades de outros 17 países. Até o momento, a cantora já foi vista com este show por mais de 300 mil espectadores.

Em ?Universo Particular?, Marisa Monte abusa de efeitos especiais e cenário arrebatador, assinado por Wagner Baldinato. Os telões mudam conforme a música e as luzes seguem o tom – ora dramático, ora mais pop. Sua entrada é triunfal. Às escuras, ela inicia interpretando ?Infinito Particular?, música que deu o nome ao disco pop da artista, num misto de suspense e ansiedade causada no público.

Adiante, seu show mescla canções tanto deste álbum, quanto do ?Universo ao Meu Redor?, onde revelou sua garimpagem pelo mundo do samba. Os destaques deste CD ficam com a singela ?Meu Canário?, de onde surge uma grande gaiola multimídia, e ?Satisfeito?. Nesta última, ela sugere um suposto desafio a um clássico de Tom Jobim, ?Wave?, em que diz que é ?impossível ser feliz sozinho?. Marisa rebate em ?Satisfeito?: ?Quem foi que disse que é impossível ser feliz sozinho? / Vivo tranqüilo, a liberdade é quem me faz carinho?.

Mas Marisa Monte também não decepciona os fãs dos grandes hits. Entre obviedades, como a bela balada ?Velha Infância? do álbum que gerou Os Tribalistas, ao lado de Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, ela relembra outras pérolas como ?Maria de Verdade?, ?Segue o Seco? e ?Alta Noite?, do ótimo ?Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-rosa e Carvão? (1994), e também ?Não vá Embora?, do meloso ?Memórias, Crônicas e Declarações de Amor?, de 2000.

Entre bons clássicos e novidades, Marisa Monte passeia com desenvoltura e experiência de sobra, impulsionada pela mesma energia daquela menina que surgia em 1989, com ?Bem que se Quis?. Escudada por um time de talentosos músicos, como Dadi, Mauro Diniz e Pedro Baby, a cantora retoma seu bom e ?velho? barulhinho bom na Cidade.

Marisa Monte. Tom Brasil Nações Unidas. Rua Bragança Paulista, 1.281. Estréia dia 10 de agosto. Sexta e sábado, às 22h, e domingo, às 19h. Ingressos: de R$ 60,00 a R$ 150,00. Informações: (11) 2163-2000. Até 02 de setembro.

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