Planejar gastos evita endividamento

As festas de fim de ano são motivos para que muitas pessoas abusem das compras e façam gastos excessivos sem se preocupar em reservar alguma quantia para o pagamento de impostos, material escolar, matrículas e outras contas que costumam aparecer no início do ano. Para os economistas, planejar os gastos e fugir do parcelamento são fundamentais para não cair no endividamento.

Nessa época a maioria dos estabelecimentos comerciais estampa nas vitrines várias formas de parcelamento como forma de atrair os clientes. Algumas lojas oferecem crediário em até 10 vezes sem juros, o que muitas vezes induz o consumidor a gastar mais do que tem. “Às vezes a pessoa tem R$ 500 para comprar todos os presentes, mas quando chega nas lojas e vê as ofertas vai dividindo e os R$ 500 servirá para pagar apenas uma parcela”, comenta Paulo Antônio, professor de economia da Universidade Imes de São Caetano.

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A opção mais indicada é sempre o pagamento à vista e não gastar mais do que ganha. Evitar o uso de cheque e cartão de crédito também é recomendado para quem não quer acumular dívidas. Se a compra for feita no cartão é indicado pagar o valor total e nunca o mínimo para a conta não virar uma bola de neve.

Para evitar endividamento, o professor de economia da Fundação Santo André, Ramon Barazal, orienta fazer uma planilha para ver o quanto será gasto. Assim, é possível fazer uma previsão e evitar as compras impulsivas. “Muitas pessoas se empolgam e gastam mais do que podem”, ensina.

Quem não resiste ao parcelamento e recorre às facilidades para fazer as compras é preciso ficar atento ao juro que muitas vezes está embutido e nem sempre é notado pelos mais desatentos. ?Nessa época o comércio aproveita que as pessoas estão mais dispostas a gastar e iludem os consumidores com as condições de parcelamento”, afirma Barazal.

Segundo Antônio, são poucas as pessoas que se preocupam em guardar dinheiro e lembram que no início do ano chegam os carnês para o pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), pagamento de matrícula e gastos com material escolar. “Daqui a alguns dias será paga a segunda parcela do 13º salário e quem tiver condições deve guardar esse dinheiro para as contas que vão aparecer em janeiro”, aconselha.

Caso não tenha o dinheiro necessário, uma saída é recorrer aos amigos e familiares para obter ajuda, pois muitas vezes não é cobrado juros. Empréstimos bancários e agiotas devem ser sempre evitados.

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