Defesa de Dilma dirá que venda da Varig teve aval legal

A linha de defesa que o governo vai adotar hoje durante o depoimento da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil, Denise Abreu, à Comissão de Infra-Estrutura do Senado será amparada nas decisões judiciais sobre o processo de venda da Varig. A estratégia final foi traçada em reunião realizada ontem no gabinete do ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, com a presença da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e de senadores da base aliada que integram a Comissão de infra-estrutura.

Os governistas tentarão desqualificar as denúncias de Denise de que houve pressão de Dilma para a venda da Varig, sob o argumento de que toda a operação passou pelo crivo da Justiça. A ordem do Planalto é para que os aliados circunscrevam o assunto ao caráter estritamente técnico e jurídico do processo, para desidratar a alegação de ingerência política.

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Até mesmo a acusação da ex-diretora da Anac de que a Casa Civil teria barrado a comprovação de renda dos compradores da VarigLog será respondida com pareceres judiciais. O Planalto procura desqualificar as denúncias de Denise, que, de acordo com relatos de auxiliares de Lula, teve ?interesses contrariados? no governo. Em conversas no Planalto, todos os auxiliares de Lula afirmam que Denise foi movida por mágoa porque teve de deixar o posto depois da crise aérea.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que Denise aumentou o grau de exigências para a Anac autorizar a venda da Varig – além das recomendações feitas anteriormente pelo Departamento de Aviação Civil (DAC) – e teve praticamente todos os pedidos atendidos. ?Vamos pôr os pingos nos ?is? e esclarecer tudo na Comissão de Infra-Estrutura?, comentou Jucá. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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