É preciso controle de cartões mais rígido, diz procurador

Os cartões corporativos se tornaram uma maneira muito fácil de se gastar. Mas, sendo assim, “é preciso que o controle também seja mais rígido.” Defendeu o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Marinus Eduardo de Vries Marsico, que prestou hoje depoimento como convidado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista dos Cartões Corporativos.

Autor do pedido de liminar para que o TCU suspendesse provisoriamente a utilização dos cartões corporativos por funcionários do governo, Marinus Marsico relatou aos parlamentares da CPI que o foco do Ministério Público nunca foi analisar os dados relativos às despesas com os cartões, mas apenas a sistemática de uso desse meio de pagamento. No entanto, informou, a partir do momento em que foram encontradas algumas despesas consideradas, segundo o procurador, “impróprias”, passou-se a analisar também esses gastos, informou à Agência Senado.

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Entre os maiores problemas encontrados pelo Ministério Público estão, segundo o procurador, a falta de controle na distribuição dos cartões corporativos. De acordo com Marinus Marsico, esse encargo ficava por conta do ordenador de despesas de cada órgão, sem que houvesse algum tipo de exigência para tal. Além disso, o MP também estranhou o fato de algumas despesas não estarem mencionadas, por serem consideradas sigilosas.

“Não consigo vislumbrar como um cartão corporativo pode ser usado para gastos sigilosos”, salientou o procurador. Segundo o procurador, o Ministério Público resolveu aprofundar a investigação com relação às despesas depois dessas constatações. “É preciso verificar as pessoas que utilizam individualmente esses cartões e punir aquelas que não o usam de forma adequada”, afirmou.

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