Em setembro, o comércio varejista do ABCD abriu 255 postos de trabalho, resultado de 3.526 admissões e 3.271 desligamentos. Em 12 meses, foram eliminados 3.749 empregos com carteira assinada, o que levou a um recuo na comparação com setembro de 2015, de 3,3% do estoque total, atingindo 110.160 trabalhadores formais.
As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido por trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Sete das nove atividades analisadas apresentaram variação negativa no estoque de empregados em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. As maiores quedas na ocupação formal foram vistas nos segmentos de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-8,3%), concessionária de veículos (-7,5%) e materiais de construção (-6,4%). Já as atividades de farmácia e perfumarias e supermercados apresentaram estabilidade (0%) na mesma base comparativa.
Desempenho estadual
Interrompendo dois meses consecutivos de geração de empregos, o comércio varejista do Estado de São Paulo voltou a eliminar postos de trabalho em setembro. No mês, foram extintos 2.004 empregos, resultado de 68.604 admissões e 70.608 desligamentos. Ainda assim, observa-se em setembro, saldo negativo 75% mais ameno em relação à perda do mesmo mês de 2015, quando foram perdidos 7.968 postos com carteira assinada. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores atingiu 2.069.059 no mês, redução de 2,8% na comparação com setembro de 2016.
Sete das nove atividades pesquisadas apresentaram queda no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015, sendo os piores desempenhos registrados nos segmentos de concessionárias de veículos (-6,8%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,7%) e lojas de móveis e decoração (-6,6%). Em contrapartida, apenas as atividades de farmácias e perfumarias (2,1%) e supermercados (0,4%) geraram empregos na mesma base de comparação.
Com relação aos dados por ocupações, todas as funções eliminaram vagas no mês, com destaque para gerentes de produção e operadores, que viram sua categoria encolher em -527 postos de trabalho, seguidos pelos vendedores e demonstradores (-509 vagas). Em 12 meses, o cargo que mais perdeu vagas foi o de vendedores e demonstradores (-11.273 vagas). O segundo maior saldo negativo de vagas é o de escriturários, com – 6.562 postos de trabalho.
Segundo a FecomercioSP, para outubro é esperado outro pequeno saldo de empregos formais, com vertente mais positiva. Para novembro, devido à contratação de temporários, o saldo deverá ser positivo e sensivelmente superior ao registrado em 2015. A expectativa da Federação é de que aproximadamente 20 mil empregos temporários serão gerados pelo varejo do Estado de São Paulo. De toda forma, o crescimento mais sustentado do emprego no comércio varejista nos próximos meses dependerá de uma melhoria efetiva das variáveis renda dos consumidores, juros e continuidade do crescimento dos indicadores de confiança dos agentes.
A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; matérias de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercado e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).