IPCA para 2016 cai de 6,72% para 6,69%, aponta Focus

Já influenciados pela reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), os economistas do mercado financeiro mudaram levemente suas projeções para a inflação neste ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 5, mostra que a mediana para o IPCA – o índice oficial de inflação – em 2016 foi de 6,72% para 6,69%. Há um mês, estava em 6,88%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 4,93%. Há quatro semanas, apontava 4,94%.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para este ano caiu de 6,68% para 6,60%. Para 2017, foi de 4,80% para 4,76%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 6,97% e 5,03%. Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses seguiu em 4,89% de uma semana para outra – há um mês, estava em 4,95%.

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Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para novembro caiu de 0,33% para 0,32%. Um mês antes, estava em 0,40%. No caso de dezembro, a previsão do Focus seguiu em 0,55% ante 0,60% de quatro semanas atrás. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de setembro, o BC havia apresentado suas estimativas mensais para o IPCA no curto prazo, sendo que a taxa projetada na época para a inflação em novembro era de 0,45%.

Na semana passada, o Copom reduziu a Selic (a taxa básica de juros da economia) de 14,00% para 13,75% ao ano. No comunicado que acompanhou a reunião, o colegiado voltou a citar o processo de desinflação na área de serviços e os ajustes fiscais como riscos para o cenário de preços.

Ao mesmo tempo, reconheceu a fraqueza da atividade e indicou que o ritmo de cortes pode se intensificar caso a recuperação da economia seja mais demorada que o antecipado. Essa intensificação, conforme o BC, também dependerá do ambiente externo.

Preços administrados

O Relatório de Mercado Focus mostrou mudanças nas projeções para os preços administrados. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 6,02% para avanço de 6,00%.

Para o próximo ano, a mediana foi de elevação de 5,28% para alta de 5,30%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,00% para os preços administrados em 2016 e elevação de 5,29% em 2017.

Nas projeções atuais – que tendem a ser atualizadas nesta terça-feira, 6,, quando for divulgada a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) -, o BC espera alta de 6,2% para os preços administrados em 2016, de 5,8% para 2017 e de 5,1% para 2018.

Outros índices

O relatório divulgado pelo BC mostrou, ainda, que a mediana do IGP-DI de 2016 passou de 6,83% para 6,76% da última semana para esta. Há um mês, estava em 7,30%. Para o ano que vem, a mediana das previsões foi de 5,06% para 5,04%. Quatro levantamentos atrás, estava em 5,38%. Os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, passou de 7,18% para 6,98% nas projeções dos analistas para 2016. Quatro levantamentos antes estava em 7,53%. Para 2017, a previsão permaneceu em 5,22% – um mês atrás estava em 5,36%.

A mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2016 caiu de 6,58% para 6,31%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 6,61%. Para 2017, as expectativas para a inflação de São Paulo subiram de 5,06% para 5,12%, ante 5,32% de um mês antes.

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