As dificuldades financeiras enfrentadas por municípios, estados e União não refletem somente no atendimento prestado pelo poder público, mas têm atingido também o terceiro setor. Entidades que prestam serviço essencial a parcelas da sociedade passam por penúria em todo o país.
Na região, um dos exemplos é a APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), uma das entidades mais tradicionais no atendimento a crianças deficientes. A unidade de Mauá ameaça fechar as portas por falta de verbas e em Santo André funcionários estão sendo demitidos, reflexo da redução de repasses estaduais.
O terceiro setor serve de auxílio ao próprio poder público, ao realizar funções que deveriam ser obrigações de prefeituras e governo do Estado. Mesmo assim, é justamente por parte das administrações públicas que tem faltado o apoio necessário para que o atendimento nas ONGs não seja interrompido.
Em Santo André, outro exemplo: A Associação dos Voluntários da Saúde (grupo conhecido popularmente como “Rosinhas”) precisou protestar na Câmara por não ter recebido verba de emendas parlamentares aprovadas no ano passado pelos vereadores.
As dificuldades enfrentadas pelas entidades devem estar no radar de prefeituras e Estado para evitar a descontinuação de projetos importantes para diversos setores da população. Mas a crise também é uma oportunidade para que o cidadão comum dê mais atenção a estas ONGs. Neste momento de crise, o apoio da sociedade se torna ainda mais essencial.