Museu do Trabalhador é barrado na Câmara de São Bernardo

Votação sobre Museu surpreendeu os vereadores que queriam empurrar a proposta para não ser votada (Foto: Oscar Jupiraci/CMSBC)
Votação sobre Museu surpreendeu os vereadores que queriam empurrar a proposta para não ser votada (Foto: Oscar Jupiraci/CMSBC)

Com apenas seis votos favoráveis – todos de vereadores do PT, a Câmara de São Bernardo rejeitou nesta quarta-feira (30), o projeto de lei que dava autorização para que a Prefeitura criasse as regras para o Museu do Trabalho e dos Trabalhadores (MTT), assim dando uma abertura do município para que a finalidade do equipamento seja mudada. Oposicionistas falam em “surpresa” com votação. Governistas alegam que faltou articulação do Governo sobre o projeto.

A proposta entrou em votação, pois era uma pauta obrigatória. O fato pegou os vereadores de surpresa, pois pensavam que poderiam “empurrar” a votação para outro dia, mas o presidente da Casa, José Luis Ferrarezi (PT), anunciou o debate do projeto. Sem articular no plenário, os legisladores foram votar. Foram 16 votos contra a propositura do Museu e seis a favor, todos petistas. Não votaram: Cabrera (PSB); José Cloves (PT); Mauro Miaguti (DEM); e José Walter Tavares (PHS) que estavam fora do plenário. Presente no recinto, Reginaldo Burguês (PSD) não indicou seu voto e Ferrarezi não votou, pois é o presidente da Câmara.

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O resultado acabou causando surpresa para os parlamentares, pois muitos acreditavam em um resultado mais apertado. “Não teve articulação. A sessão estava parada e quando voltou houve a votação. Apenas chamamos os vereadores para votar e aconteceu isso. Acho que todos entenderam que esse Museu é ruim para a cidade”, afirmou Pery Cartola (PSDB).

“Eu entendo que existe uma influência do prefeito eleito (Orlando Morando, PSDB). E considero que isso será uma tendência nesta Casa até o final do ano”, resumiu Ferrarezi. Outro vereador petista que comentou o fato foi Tião Mateus que considera que houve uma falta de articulação por parte do governo e que isso pode atrapalhar em outras votações.

“Nós não nos reunimos para falar sobre esse projeto. Não foi feita nenhuma articulação com a base para falar sobre esse assunto. Sem articulação não tem como aprovar nada e vai ser assim. Temos projetos importantes pela frente, temos o projeto da (Parceria Público-Privada – PPP) Iluminação. Temos a questão do Plano Diretor para realizar algumas mudanças. Não vai ser fácil sem quem articule”, explicou o ex-presidente da Câmara.

Para Ferrarezi, o que aconteceu na Casa é uma tendência que se dará até o final das sessões, no dia 14 de dezembro. “Já existe uma influência do prefeito eleito (Orlando Morando, PSDB). vAi ser assim até a última sessão”, resumiu o vereador.

Essa não foi a única derrota do Governo na sessão desta quarta. Outro projeto que também foi rejeitado foi a proposta que recriava o Conselho Municipal de Turismo que como a proposta do MTT acabou tendo o apoio dos petistas, sendo derrotada por 14 a 6. Outra proposta que chegou a ser discutida em plenário foi o Orçamento 2017.

A proposta recebeu oficialmente duas emendas do vereador Julinho Fuzari (PPS). Uma repassa R$ 2 milhões para as Associações de Pais e Mestres (APMs) e a outra repassa R$ 16 milhões para a compra de uniformes escolares através destas Associações, proposta defendida tanto pelo então candidato a prefeito, Alex Manente (PPS) quanto por Morando. Mas a análise das emendas e do orçamento foi adiada por uma sessão.

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