Debates, sabatinas e apoios marcaram a semana eleitoral na região. Em Santo André, Paulo Serra (PSDB) e Carlos Grana (PT) participaram de dois debates, assim como os candidatos de São Bernardo, Alex Manente (PPS) e Orlando Morando (PSDB). Os prefeituráveis de Mauá, Atila Jacomussi (PSB) e Donisete Braga (PT), e de Diadema, Lauro Michels (PV) e Vaguinho (PRB) participaram de sabatinas. Candidatos que ficaram fora do segundo turno também declaram apoios.
Santo André
Os dois candidatos a prefeito de Santo André participaram nesta semana de dois debates. O primeiro deles aconteceu no dia 17, na Rádio Bandeirantes. O segundo encontro ocorreu na Record News na última quarta-feira (19).
Em ambos os encontros, Grana reforçou por diversas vezes que Paulinho foi secretário em sua gestão e tentou colar no adversário a imagem de incoerente, por ter participado de um governo petista e agora fazer críticas ao PT. “A pessoa fica praticamente três anos no meu governo, sempre esteve ao meu lado. Fizemos muita coisa durante todo esse período. Agora vem dizer que nada foi feito?”, criticou Grana, no encontro na Record News.
Paulinho adotou a estratégia de apostar na rejeição ao PT. “Acreditei em 2012 que seria um projeto para a cidade e não para um partido político, o PT. Aprendi muito. Se todo prefeito tivesse sido secretário antes de ser prefeito – inclusive você, Grana –, talvez teria errado muito menos. Aprendi que dá pra fazer bastante, mas aprendi, principalmente, o que não fazer”.
Nesta semana houve a definição de mais um apoio para Paulinho Serra. Último colocado na corrida eleitoral, Rafael Daniel (PMDB) aderiu ao projeto do tucano. O sobrinho do ex-prefeito Celso Daniel teve 3,21% dos votos válidos (10.716 sufrágios no total). Ailton Lima (SD) já havia também anunciado apoio ao tucano.
Os demais candidatos continuam neutros. Terceiro colocado na disputa, o ex-prefeito Aidan Ravin divulgou nas redes sociais trecho de entrevista concedida ao RDTv no início da campanha, em que garante que apoiaria qualquer candidato que não fosse do PT, caso não fosse para o segundo turno.
São Bernardo
O clima eleitoral esquentou em São Bernardo após o inicio da série de debates no rádio e na televisão. O primeiro encontro entre os candidatos Alex Manente (PPS) e Orlando Morando (PSDB) na última terça-feira (18), fizeram o primeiro debate na Record News. Em pouco mais de 30 minutos de confronto direto, os prefeituráveis trocaram uma série de farpas. Entre os principais pontos abordados estava os apoios. O tucano falava do apoio velado do PT para Manente e o popular-socialista lembrava do apoio oficial do PCdoB a Morando.
Dois dias depois, na quinta-feira (20), o encontro foi na Rádio Bandeirantes. Também marcado por troca de farpas e acusações, o debate foi marcado pelo envolvimento do nome dos respectivos vices. Orlando Morando lembrou que Admir Ferro (PTB), vice de Alex, foi condenado por improbidade administrativa em primeira instância e recorreu. Alex Manente lembrou da acusação de “voto fantasma” envolvendo Marcelo Lima (SD), vice de Orlando, na Câmara, em 2009.
A eleição também fez esquentar o clima na Câmara. Durante a sessão da última quarta-feira (19), os vereadores Julinho Fuzari (PPS) e Pery Cartola (PSDB) bateram boca por causa da CPI do Imasf. No dia seguinte, no debate promovido pelo RD, o assuntou voltou à tona.
Diadema
As participações de Lauro Michels (PV) e Vaguinho (PRB) nas sabatinas promovidas pela Rádio ABC com participação da equipe do RD, nesta semana, foram os destaques da semana eleitoral no município.
Primeiro a participar do encontro, Vaguinho garantiu na última segunda-feira (17) que caso vença a eleição, o vereador Ricardo Yoshio (PRB) será o seu secretário de Saúde. Na terça-feira (18), Michels afirmou que fará uma grande mudança em seu secretariado e fez críticas a um material considerado apócrifo que foi apreendido dentro do comitê de seu adversário.
Mauá
A disputa em Mauá foi marcada nesta semana por mais adesões à candidatura de Atila Jacomussi (PSB). Na última segunda-feira (17), Márcio Chaves (PSD) anunciou apoio a Jacomussi. Em entrevista ao RD, o ex-vice-prefeito de Mauá negou incoerência em se aliar a um candidato que tem apoio da família Damo.
“Quem é que fez a opção de fazer determinadas alianças pra governar e para compor uma chapa para disputar a eleição? Quem é que fez uma grande aliança loteando cargos contando com a vitória certa? Não foi o Márcio Chaves”, afirmou. “Eu contestei esse movimento que vi dentro do PT, então estou sendo coerente. Sempre tomo decisões pautadas pela coerência [..] Não tenho inimizade com ninguém que está com o Donisete ou com o Atila”.
Chaves foi quarto colocado na disputa eleitoral, com 4,20% dos votos válidos. Em 2004, quando era vice-prefeito e filiado ao PT, disputou a eleição contra Leonel Damo (PMDB). Naquele ano, teve a candidatura cassada porque a Justiça Eleitoral entendeu que ele teria se beneficiado de uma tenda da Prefeitura chamada Túnel do Tempo, que contava a história de Mauá.
Nesta sexta-feira (21) foi a vez de Rogério Santana (Rede) declarar apoio a Atila, contrariando posição do seu próprio partido.
Na semana seguinte ao primeiro turno, o ex-secretário do governo Donisete Braga divulgou uma nota da legenda que dizia: “compreendemos que ambas as propostas de governo dos concorrentes ao segundo turno não corresponde com os anseios dos mauaenses” […] Deixamos claro que temos compromissos éticos e sustentáveis, contrário ao que ambos candidatos apresentaram no primeiro turno”.