Oito dias após o fim do primeiro turno, PT e PSD anunciaram nesta segunda-feira (11) que vão manter a neutralidade em torno do segundo turno em Diadema. Maninho (PT) e Taka Yamauchi (PSD) não vão apoiar oficialmente Lauro Michels (PV) e Vaguinho (PRB). Até o momento apenas dois partidos que tiveram candidatos no primeiro turno declararam apoio formal na segunda etapa das eleições.
Por meio de um vídeo, Yamauchi, quarto colocado no primeiro turno, deu o parecer do PSD. “Defendemos uma política, ética, uma política do bem para as pessoas. Não falamos isso da boca para fora, realmente acreditamos nisso. Nesse segundo turno, mas do que um exemplo, quero deixar um exemplo, quero deixar um legado para as 23.518 pessoas que acreditaram nas nossas ideias, nas nossas propostas. Por isso não vamos apoiar nem A e nem B, vamos mostrar uma neutralidade, manter uma coerência ética, uma coerência propositiva, uma coerência em busca da dignidade de Diadema”, afirmou.
Na mesma nota, divulgada pelas redes sociais, o empresário deixou claro os seus projetos para ser candidato a um cargo eletivo em 2018 e também já se colocou como pré-candidato a prefeito de Diadema em 2020.
O PT fixou sua posição após duas reuniões, uma entre os membros da executiva e outra com os seus militantes. Desde a semana passada, uma posição neutra dos petistas era aguardada, mas nos bastidores muitos consideram que os 31.921 votos conquistados por Maninho na primeira etapa das eleições vão diretamente para Vaguinho.
Até o momento, apenas dois partidos formalizaram o seu apoio no segundo turno. A Rede Sustentabilidade, que teve Virgílio Farias como candidato a prefeito, apoiará Michels. E o PMN, que teve Russo como postulante ao comando do Paço vai apoiar Vaguinho. Virgílio teve 834 votos e Russo teve 691.
Se somar os números de votos brancos (24.174), abstenções (66.093), votos nulos (45.695) e os votos dos demais candidatos que não declararam apoio ou que vão se manter neutros no segundo turno, nós temos 193.018 pessoas que não escolheram entre Lauro e Vaguinho, algo em torno de 64% dos eleitores.