Candidato a prefeito de Santo André pela terceira vez, Aidan Ravin (PSB) pediu “mais uma chance” ao eleitorado da cidade, que vai às urnas no próximo domingo (2) escolher quem comandará o Paço a partir de janeiro de 2017. O candidato foi o terceiro entrevistado da série de sabatinas promovidas pela Rádio ABC e pelo RD.
Aidan diz que está mais experiente e com mais vivência e prometeu promover um governo “interativo”, com a participação dos munícipes. O ex-prefeito esteve no comando da cidade entre 2009 e 2012 e perdeu a eleição para Carlos Grana (PT), quando tentou se reeleger.
O socialista foi questionado por que perdeu a disputa de quatro anos atrás. Segundo o candidato, a derrota não se deu pelo fato de o governo ter sido mal avaliado, mas por outros motivos.
“Na época o partido [PT] começou a falar somente do que não foi realizado e acabou que a gente não conseguiu colocar na rua tudo o que foi realizado. Não fazíamos uma campanha tão grande em propaganda, fazíamos trabalho”, afirma o ex-prefeito de Santo André.
Aidan voltou a apontar que as ligações de telemarketing realizadas de madrugada, na véspera da eleição de 2012, prejudicaram sua campanha e o desempenho nas urnas.
“Você ouvinte, atender uma ligação às 2h, você pensa que é notícia ruim. Pegaram a minha voz e colocaram na cidade inteira, de muita má-fé”, reclama. O Ministério Público de Santo André concluiu que o PT tinha sido o responsável pela contratação da empresa que fez as chamadas, mas a Justiça Eleitoral não acatou a denúncia.
Sobre o fato de o eleitorado não ter considerado que sua gestão merecia um segundo mandato, Aidan afirmou: “As pessoas às vezes não avaliam o arroz com feijão e o bife que você faz, mas o filé mignon, a coisa chique da história. Nós não fizemos nenhuma grande construção porque quando você pega uma cidade depois de 12 anos do PT, que estava destruída a saúde e a educação, as pessoas acabam achando que tinha que fazer mais. Não conseguimos em quatro anos fazer tudo”.
Semasa
O ex-prefeito Aidan Ravin virou réu em maio deste ano, acusado de ter comandado esquema ilegal de venda de licenças ambientais no Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). O prefeiturável sugeriu que a denúncia do MP tenha ocorrido como forma de retaliação.
“Santo André, entre 1997 e 1999, recebeu 100% da conta e só pagou 30% [para a Sabesp]. Os 70% tinha que ser feito deposito em juízo ou uma conta garantida e não fez isso. Sumiu esse dinheiro, houve uma apropriação indébita. Eu denunciei o Semasa no MP. Depois que eu fiz isso eu fui denunciado”, afirma.
Críticas
Algumas das principais críticas feitas por Aidan à atual gestão foram centradas na área da Saúde. “Infelizmente Santo André hoje não tem remédio nos postos de saúde e no hospital. Além disso, estamos com dívidas altas. Faz 1 ano e 4 meses que não pagamos fornecedores”, afirma o candidato.