Especialistas comentam medidas que remodelam o Ensino Médio

O Presidente Michel Temer sancionou, na última quinta-feira (22), uma série de medidas provisórias que mexem na mecânica do Ensino Médio Brasileiro. Além de influenciar diretamente nas alternativas da composição de currículo, a carga horária também sofre alteração.

A ação visa priorizar as áreas de linguagens, matemática, ciência da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. Segundo o Governo, isso propicia o foco nessas áreas de conhecimento, tornando facultativas as disciplinas de educação física, artes, filosofia e sociologia.

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A polêmica, no entanto, abraça uma crítica bilateral. Ao passo que a medida garante certa autonomia ao aluno, as mudanças na carga horária prejudicariam a possibilidade de trabalho simultâneo ao estudo, sem contar a chamada “desumanização da grade de ensino.

Segundo Miriam Celeste, professora de Educação, Arte e História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o problema também confronta o hábito do “jovem virtual”, que vive em contato com as redes sociais. “Como o jovem, inserido em um ambiente que lida com a imagem o tempo inteiro nas redes, vai ter um olhar diferente e não ser um mero consumidor da cultura?”, destaca.

Segundo pesquisas do Portal educacional Porvir, que lançou estudo “Nossa Escola em (Re) Construção”, 90% dos alunos se mostram insatisfeitos com o ensino brasileiro; as mudanças no quadro de ensino passariam a valer a partir dos anos letivos de 2017 e 2018.

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