Sexto e último candidato a prefeito de São Bernardo a participar da série de entrevistas em relação a eleição de outubro, no RDtv, César Raya (PSTU) admite que a disputa eleitoral para o partido é muito difícil e que “é uma briga entre Davi e Golias”, mesmo assim quer demonstrar que a sua legenda não mudou o posicionamento ao passar dos anos. Além disso, explicou como seria um governo do PSTU, caso seja eleito.
A principal dificuldade do PSTU está em torno das doações que são muito baixas. ” Obviamente nós gostaríamos muito de ser eleitos como prefeito de São Bernardo. Pois faríamos uma administração totalmente voltada para os trabalhadores, periferia de São Bernardo, população pobre, pra população que não tem creche, pros professores que ganham mal, mas evidentemente que é uma briga de Davi contra Golias, porque os recursos que temos é oriundos das doações dos próprios trabalhadores”, explicou.
Ainda falando sobre os recursos, Raya afirmou que o PSTU não admite doações oriundas de empresários, mesmo na pessoa física, para que evitar possíveis pressões em um futuro mandato no Executivo. ” Houve muita doação, muita participação das empresas, doando, financiando a campanha dos partidos e depois eles cobram a fatura e aí deu no que deu, todos esses escândalos de corrupção, lava jato, e nós acreditamos que essas eleições estão com um caráter diferente”, afirmou o candidato.
O educador também fez duras críticas a outros partidos como PT e PMDB, inclusive lembrando que as duas legendas estão juntas em mais de 1.200 coligações mesmo com o imbróglio em torno do julgamento do Senado que culminou no impeachment da ex-presidente da república Dilma Rousseff (PT) e a posse do novo mandatária da nação, Michel Temer (PMDB).
“Aqui vamos ter uma falsa polarização entre o Sr. Orlando Morando (PSDB) e Tarcísio Secoli (PT), só que eles estão coligados em 744 municípios, repito, e o PT e Democratas estão coligados em 723 municípios. Agora pergunte quantos municípios, nós somos um partido pequeno ainda, pesquise se estamos coligados em qualquer município do Brasil com PMDB, PSDB e Democratas. Então isso vai dentro um pouco do que você (Anderson Afonso) falou de princípios, temos princípios fundamentais, não vamos aceitar doações de empresas, empresários, então esses princípios nossos são inalienáveis”, disse o postulante a prefeito.
Sobre uma das propostas do partido para a educação, César Raya afirmou que pretende fazer com que os professores tenham uma jornada de trabalho de apenas 1/3, e caso exista a falta de profissionais na escola, pretende realizar um concurso público para chamar outros educadores para a rede municipal.
Raya também defende uma maior participação popular no Executivo. “Uma tese que defendemos muito que pra se acertar minimamente em uma administração municipal, aquele que paga imposto deve decidir o que a Prefeitura irá fazer. Então nós nos apoiamos muito em conselhos populares deliberativos e participativos, não como uma parte só do orçamento, com o orçamento total”, disse o candidato.