O drama de moradores de Santo André que têm sofrido com a falta d’água teve novo capítulo nesta semana. Residentes do 2º subdistrito promoveram protesto para demonstrar sua insatisfação com o desabastecimento, problema que se arrasta há diversos meses.
Os manifestantes que saíram do Parque Regional da Criança e seguiram rumo ao Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) representaram diversos moradores da cidade que cansaram de conviver com torneiras secas.
Não há, infelizmente, perspectiva de que o problema seja resolvido no curto prazo. A briga entre Semasa e Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) parece uma peleja sem solução, marcada por embates políticos como pano de fundo, com um lado responsabilizando o outro pelo desabastecimento. No meio do tiroteio, fica a população.
É de suma importância que os candidatos a prefeito de Santo André abordem com profundidade o tema. Um dos principais desafios de quem vai estar no comando da cidade a partir de 1º de janeiro de 2017 será lidar não só com a falta d´água, mas com a dívida bilionária que a Sabesp cobra do Semasa.
O que os postulantes a prefeito pretendem? Negociar a dívida, que segundo a Sabesp já chega a R$ 3,2 bilhões? Continuar questionando o valor cobrado pela companhia estadual, como faz a atual gestão? Fazer acordo como o firmado em Diadema? São questões que precisam ser respondidas.