Em sua terceira eleição como candidato a prefeito de São Bernardo, o ex-vereador Aldo Santos (PSOL), quer fazer um governo que inicie na periferia e termine no centro. Em entrevista ao RDtv, o educador aposentado fez duras críticas a atual gestão comandada por Luiz Marinho (PT), principalmente em torno do tratamento dado a área de habitação. E falou sobre suas propostas para a saúde e educação, principalmente em torno do funcionalismo público.
“A cidade não pode continuar com essa postura que tem aonde uma pequena parcela tem tudo e grande parte da sociedade não tem quase nada. O poder público precisa chegar onde de fato a população carente precisa do poder público e equipamentos públicos. Vou dar um exemplo, como uma cidade como São Bernardo com mais de R$ 5 bilhões em orçamento convive praticamente com duas cidades, uma para os bacanas, uma que tem tudo e uma cidade dos abandonados da periferia, onde faltam médicos, falta creche, falta moradia popular, em torno de 60 mil na cidade, que falta asfalto nas ruas, que falta coleta de esgoto”, afirmou o candidato.
Ao falar sobre suas propostas para a cidade, Santos fez duras críticas a Marinho, principalmente sobre o seu comportamento em torno das ocupações feitas na cidade. O ex-vereador acusou o petista de formar um braço armado da Guarda Civil Municipal (GCM) para realizar as desocupações, e comparou com as atitudes do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT).
“Ele (Marinho) reprimiu demais, criou um braço armado da Guarda Municipal, como uma espécie de tropa de choque e as pessoas que na sua dificuldade lutavam para ter uma casa popular, até propondo uma ocupação, ele despejava essas pessoas, até legalmente, mas com uma atitude estupida. Vou dizer mais, nesse quesito o prefeito de Santo André tem sido extremamente mais importante, mas acolhedor que o prefeito de São Bernardo. Aqui, o prefeito acolhe, recebe o pessoal do MTST, dialoga, busca uma saída”, disse o socialista.
Aldo quer criar um banco de terrenos e realizar mutirões para a construção de habitações. Segundo o candidato, o déficit de casas populares em São Bernardo chega a 60 mil.
Em relação à saúde, o candidato do Psol aposta na melhora das condições de trabalho do funcionalismo. Aldo Santos prometeu que vai reduzir a jornada de trabalho dos profissionais da saúde para 30 anos, como defende o sindicato da categoria. “Nós vamos abrir concurso público na rede pública municipal. Nós vamos dar um tratamento especial, inclusive com políticas preventivas, políticas de vacinação que vão das vacinas normais até outras vacinas como a da gripe, da pneumonia, pois isso representa uma medicina preventiva e não necessariamente uma medicina curativa”, explicou.
Sobre educação, o prefeiturável quer discutir as condições de trabalho dos professores e melhorar a qualidade das aulas apresentadas. Além disso, fez duras críticas ao Governo do Estado, principalmente pelo fato dos salários dos profissionais da educação não ter alterações há dois anos.
“Espero que o candidato Orlando Morando, do PSDB, não implemente isso na cidade de São Bernardo do Campo, não congele o salário dos servidores municipais, porque ele faz parte do governo e nós entendemos que isso seria uma tragédia para a cidade de São Bernardo do Campo”, disse Aldo Santos.