Trabalhadores na Mercedes-Benz param nesta quinta-feira

Foto: Banco de Dados
Foto: Banco de Dados

Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (4/7), os trabalhadores na Mercedes-Benz, em São Bernardo, decidiram paralisar as atividades por um dia em reação ao comunicado enviado pela empresa na última terça-feira (02), no qual a fábrica informa a decisão de demitir cerca de 1.870 metalúrgicos a partir de setembro. O número se refere à quantidade de trabalhadores que restaram do excedente anunciado pela fábrica de 2,5 mil metalúrgicos, depois de encerrado o Programa de Demissão Voluntária (PDV) aberto em 1º de junho, que teve 630 adesões.

“Procuramos a empresa logo após tomarmos conhecimento do comunicado e tentamos apresentar medidas alternativas, mas a empresa se mostrou irredutível. Sabemos que há queda na produção, mas acreditamos que existam outras formas de atravessar este período, como a renovação do PPE, layoff, ou outros instrumentos que preservem empregos”, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e trabalhador na Mercedes, Aroaldo Oliveira.

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De acordo com o dirigente, o Sindicato também defende como possibilidade a utilização de alguns elementos similares aos do acordo aprovado nesta semana na Volkswagen. “A fábrica, no entanto, não está aceitando discutir essas alternativas, pois alega estar carregando o excedente de mão de obra há muito tempo. Não podemos aceitar essa decisão. Os trabalhadores aprovaram hoje a disposição de lutar contra essa decisão. Vamos insistir na busca de soluções e nos manter mobilizados”, afirmou.

Os trabalhadores na Mercedes-Benz têm garantia de emprego até 31 de agosto em função do PPE encerrado em maio, que por lei garante estabilidade por mais um terço do período de adesão ao programa. A montadora, que tem hoje cerca de 9,8 mil trabalhadores, mantém 1.400 em licença remunerada por tempo indeterminado desde fevereiro. Os trabalhadores retornam ao trabalho amanhã (sexta-feira, 5) mas, segundo o dirigente, o processo de mobilização continuará até que a empresa aceite iniciar uma negociação com o Sindicato na busca de alternativas que preservem o emprego.

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