A greve dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) completa 9 dias nesta quarta-feira (29). A paralisação, que teve início no dia 20 de junho, não tem previsão para terminar. Os funcionários reivindicam reposição salarial de 26%, criação de plano de cargos e carreiras e aumento no bônus por resultado.
As negociações entre a empresa e o Sindicato da Carreira Administrativa do Estado de São Paulo (SindCaesp) estão atravancadas; enquanto o Detran alega que espera assembleia dos servidores para marcar conversa, o sindicato diz que só irá realizar assembleia depois de contato da empresa.
De acordo com o gerente jurídico do SindCaesp, Dr. Felipe Romeu Rosendo Silva, membros do sindicato e servidores promoveram fórum, na última terça-feira (28), para definir o rumo da greve. “Estão falando que fizemos assembleia, mas apenas conversamos sobre se continuaríamos com a greve. Ainda esperamos contato da empresa. Enquanto não tiver conversa a greve vai continuar”, diz.
A paralisação começa a afetar de forma mais intensa os serviços do Detran. Todas as unidades do órgão estão funcionando com os trabalhadores terceirizados e 30% dos servidores. Porém, os prazos para respostas das demandas são cada vez maiores, segundo o Detran.
A empresa divulgou nesta quarta-feira nota dizendo que “espera que as entidades grevistas cumpram, como havia sido acordado com os representantes da categoria, a lei de greve que garante a permanência parcial dos serviços públicos essenciais”.
Em outro trecho do comunicado, afirma que reajustou o salário dos servidores em 2013: “O Detran-SP reconhece e valoriza seus funcionários. Os oficiais administrativos, por exemplo, tiveram 80,2% de reajuste em seus vencimentos desde 2013. Nos últimos três anos, a remuneração desses profissionais passou de R$ 1.059,70 para os atuais R$ 1.908,00”.