Após três semanas de desavenças entre os blocos de situação e oposição, a Câmara de Diadema aprovou por unanimidade o projeto de lei do Executivo para a regularização onerosa nos imóveis da cidade. Em uma calma sessão nesta quarta-feira (25), o Legislativo só realizou uma mudança no projeto que só valerá até o final deste ano. Vereadores consideram que a proposta deve ter melhoras e governistas esperam que questões pessoais não influenciem em novas votações.
Oposicionistas queriam que a proposta sofresse outras alterações como o escalonamento no preço pago para fazer a regularização a partir do nível social do munícipe, porém as mudanças só vão ocorrer na próxima vez em que o projeto for levado ao Legislativo, algo que só ocorrerá na próxima gestão. “Fizemos um meio termo. Sabemos que esse projeto é importante, mas merecia maior cuidado, maior debate, algo que o próximo gestor pode fazer”, afirmou o vereador Josa Queiroz (PT).
“Conseguimos o consenso durante a reunião (realizada na última segunda-feira, 23). Mas eu senti que tinha muitas questões pessoais de vereadores que são do mesmo bairro, temos que deixar isso de lado. A partir de agora temos que vigiar uns aos outros para que isso não aconteça mais, pois no final das contas quem paga a conta é o Governo que não tem nada com essas desavenças”, explicou o vereador Marcos Michels (PSB).
A intenção do poder Executivo com essa proposta não é criar uma anistia para aqueles que vão realizar a regulamentação, mas sim fazer com que as pessoas possam pagar todos os impostos possíveis, além dos custos referentes a análise. Tudo será feito através de um cálculo previsto pela propositura. O fato vai ocorrer com as casas que sofreram algum tipo de ampliação em sua construção. Agora o projeto aprovado vai para a sanção do prefeito Lauro Michels (PV).
Placas
O vereador Wagner Feitosa, o Vaguinho do Conselho (PRB), reclamou durante a sessão sobre as placas que estão sendo espalhadas pela cidade sobre o projeto “OPA, agora tem”, que promove as ações feitas pela Prefeitura. Segundo o republicano, foram gastos quase R$ 50 mil para a confecção das placas. “Como podem gastar quase R$ 1 mil por placa? Não é possível. Eu já fiz algumas pesquisas e você pode gastar apenas R$ 100 com toda a armação para segurar a placa e a placa em si. Gostaria que a Prefeitura explicasse isso”, bradou em seu discurso.
Questionada pela reportagem sobre o assunto, a Prefeitura de Diadema confirmou que foram gastos R$ 945 por unidade, porém esse valor corresponde a toda a estrutura necessária. Cada placa custou R$ 42 e a estrutura custou R$ 903, e corresponde a um poste galvanizado 2” – parede 1,25, um PS 4mm, e a instalação no solo com uma perfuração de 100cm, vão livre de 170cm e 80 cm para aplicação das chapas. Além de cimento, areia, pedrisco e a solda de grampos nos poste para sustentação.