Os números da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do ABC, divulgados nesta quarta-feira (25) no Consórcio Intermunicipal, mostram que pela primeira vez em quatro meses o índice de desemprego não subiu na região. Entre março e abril houve estabilidade no indicador, que passou de 16,7% para 16,6%.
Ainda assim, o número continua sendo preocupante. Basta lembrar que o índice de desemprego na região há um ano, em abril de 2015, chegou a 12,1%. A PED, realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, mostra que 233 mil pessoas estavam sem emprego na região em abril deste ano, 3 mil a mais que em março.
Dentre os principais setores, o que teve pior desempenho foi Indústria de Transformação, que eliminou 12 mil postos de trabalho em um mês (-4,5%). O setor de Serviços, por outro lado, teve resultado positivo (3,8%), com a criação de 23 mil vagas no período.
Pelo menos no curto prazo não há perspectiva de melhora. “Não há nenhum elemento novo que sugira que vá mudar esse quadro negativo. A geração de novas vagas depende diretamente da economia. No curto prazo, por mais que você tenha medidas econômicas anunciadas, elas demorariam para ter impacto na geração de empregos”, explica o economista do Dieese, César Andaku.
Entre fevereiro e março de 2016, houve queda de 4% nos rendimentos médios reais de ocupados, para R$ 1.998, e de 2% nos dos assalariados, para R$ 2.086. Também diminuíram as massas de rendimentos de ocupados (-6,2%) e assalariados (-5,0%), em ambos os casos, devido a redução dos rendimentos médios reais e do nível de ocupação.