Cruzeiro é mais vantajoso, dizem agências de viagens

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Mordomia, tranquilidade e boa comida são garantias de cruzeiros (Foto: Divulgação)

Há quem acredite que, para conhecer uma nova cidade, é preciso passar vários dias no local e andar por todos os cantos e pontos turísticos. Mas quem decide aproveitar um passeio de cruzeiro marítimo tem a vantagem de poder aumentar a lista de destinos e desbravar alguns lugares extras do mundo sem que a viagem dure muito tempo. Muitas vezes, o navio disputa a atenção.

Marcelo Paolillo, diretor de Produtos do Grupo FlyTour, diz não adianta o passageiro querer conhecer um lugar a fundo com uma viagem de cruzeiro, pois o objetivo do viagem em cruzeiro é curtir o navio em si. Geralmente o navio fica parado dois dias em cada ponto e não dá tempo conhecer bem o local nesse curto período. “O destino desse tipo de viagem é, na verdade, o próprio navio e os luxos que ele oferece: cassino, lojas e restaurantes”, diz.

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Outra vantagem de um cruzeiro marítimo é que os passageiros conseguem fazer várias atividades sem ter de sair de perto do lugar onde estão hospedados, além de não precisar fazer e desfazer as malas mais de uma vez, o que seria necessário se a viagem fosse de carro ou ônibus. “O hotel é que vai atrás de você, não você atrás do hotel”, afirma Paolillo.

A dica é que os pacotes de passeios que exijam desembarque sejam fechados dentro do próprio navio. Embora eles sejam um pouco mais caro, existe mais segurança e o tour é organizado pelos próprios funcionários da embarcação. Se ocorrer algum problema, o navio é obrigado a esperar os passageiros e os turistas correm o risco de ficar para trás. “É igual avião. Se as pessoas não estão a bordo o navio entende que eles acharam tão bom que quiseram ficar”, completa.

Na empresa, os pacotes nacionais custam a partir de R$ 1,5 mil e podem chegar a R$ 3,5 mil no caso de pacotes que envolvem pontos turísticos estrangeiros, como Buenos Aires e a Bacia do Prata. Como o clima no Brasil começa a ficar mais frio, a dica também são cruzeiros para o hemisfério Norte, onde as temperaturas sobem a partir de agora. Os principais destinos são o Mediterrâneo, Norte Europeu, Terra do Fogo, Alasca, Ásia, Havaí, Austrália, África do Sul, Tahiti e Dubai.

Oportunidade

“Os cruzeiros caíram no gosto dos brasileiros e, além disso, a ampliação da oferta de pacotes para o Exterior está relacionada com a redução de leitos desta modalidade no Brasil”, afirma Valter Patriani, vice-presidente de Produtos, Vendas e Marketing da CVC. E os cruzeiros internacionais têm forte potencial de crescimento junto a turistas brasileiros, que a cada ano passam a aderir a este tipo de modalidade de viagem, completa o executivo.

Em 2015, a agência registrou aumento de 15% no número de passageiros embarcados, totalizando 15 mil clientes que navegaram em mares internacionais, e 20% de aumento no ticket médio, e em relação a 2014. Apesar disso, para a temporada de Verão 2016 e 2017, as armadoras – categoria que designa as empresas proprietárias dos navios, todas estrangeiras -, já comunicaram ao mercado de turismo brasileiro que reduzirão suas ofertas em mais de 60% em relação à temporada 2015/2016 e que não pretendem direcionar transatlânticos da Europa para o Brasil no próximo Verão.

Portanto, na visão de Patriani, a alternativa é ampliar as ofertas de cruzeiros para o Exterior a fim de atender à demanda nesta modalidade. “O Caribe começa a despontar nas vendas de cruzeiros no Exterior por ter preço acessível”, diz. O pacote custa a partir de US$ 1.400 por pessoa e inclui transporte aéreo Brasil/Miami/Brasil, quatro noites de hospedagem, quatro diárias de carro, transfer e cruzeiro de quatro dias.

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