Preço da cesta fecha abril praticamente estável

Preço da batata se destacou negativamente ao fechar o mês de abril com alta de 10,78% (Foto: Miguel Denser/PSA)
Preço da batata se destacou negativamente ao fechar o mês de abril com alta de 10,78% (Foto: Miguel Denser/PSA)

O conjunto de 34 itens que compreende a cesta básica registrou estabilidade no fechamento do mês de abril em relação ao mês passado. Isto é o que aponta a pesquisa periódica elaborada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). Enquanto em março o custo para a compra dos produtos era, em média, de R$ 542,13, neste mês, o valor foi de R$ 539,55, uma economia de R$ 2,57 e variação de -0,47%. Enquanto a batata foi o item a apontar a maior elevação de preços – ficou 10,78% mais cara –, o tomate foi o que apresentou maior alívio para o bolso com queda de 18,47%.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pela pesquisa, Fábio Vezzá de Benedetto, o que se observou no mês passado foi uma alta excessiva dos preços, principalmente por conta das chuvas do final do verão. Para Vezzá, este aspecto foi preponderante para a alta dos preços dos alimentos frescos – casos das frutas, verduras e legumes. “A batata foi um dos itens que mais se destacaram neste sentido. Os preços baixos no ano passado desestimularam bastante os produtores, que diminuíram a quantidade cultivada. No entanto, o legume continuou com os preços altos em abril”, destacou Vezzá.

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Os outros produtos que mais subiram foram os ovos, 8,85%, o litro do leite, que ficou 4,37% mais caro, além do feijão em 5,81%. No caso do grão, o especialista atribui a alta ao excesso de chuvas de março que prejudicaram bastante a sua qualidade. “Infelizmente, com a expectativa de seca para os próximos meses (outono/inverno), que exige a utilização de irrigação (hoje escassa) ainda devem manter o grão em preços elevados”.

Por outro lado, os consumidores também tiveram o que comemorar já que alguns itens apresentaram quedas significativas. “Depois de começar o ano com preços muito altos, o que estimulou o plantio naquela época, o preço do tomate agora apresenta recuo, apesar do clima desfavorável. Já a desvalorização cambial, tem impactado, principalmente, nos preços dos alimentos que acompanham os preços internacionais, como o leite, o açúcar e o pão (trigo) ao longo deste ano. Apesar disso, contrariando esta mesma influência, pudemos observar neste mês a queda nos custos da carne em 5,14%, do frango em 4,25%, e, do arroz em 2,58%, trazendo um pequeno alívio para o orçamento doméstico”.

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