O número de roubos de veículos na região aumentou 16,53% no mês de março em comparação a fevereiro desse ano, com salto de 841 para 980 casos registrados, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Para piorar, as ocorrências de estupro no ABC também aumentaram, com estatísticas que foram de 28, em fevereiro, a 33 em março.
Nos casos dos roubos de automóveis, a cidade que liderou as incidências foi São Bernardo, com 224 ocorrências em fevereiro e 262 em março de 2016, o que representa um aumento de 16,9%. A cidade é seguida de perto por Diadema (260) e Santo André (257), com altas de 16,8% e 5,2%, respectivamente.
A situação em Mauá não é tão alarmante, mas mesmo que o município tenha menos registros de roubos, com 127 ocorrências, os números mostram alta de 24,5%. Em quinto lugar vem São Caetano, que, embora tenha atingido mais do que o dobro de roubos ocorridos em fevereiro, é uma das cidades que tem resultados mais baixos. Em fevereiro foram 25 roubos e 52 em março.
Até Rio Grande da Serra, uma das cidades com os menores índices de violência da região, apresentou números maiores. Enquanto em fevereiro não houve nenhum roubo no município, março somou três ocorrências.
De todo o ABC, Ribeirão Pires foi a única que apresentou queda. Em fevereiro desse ano a somatória de roubos de automóveis foi de 23 casos, enquanto em março o número caiu para 19, com redução de 17,4%.
No comparativo dos três primeiros meses desse ano em toda a região com o mesmo período de 2015, o aumento foi de 1,5%, com 2.815 casos em 2016 e 2.773 no ano passado, diferença de 42 casos.
Estupros
A violência contra mulheres também tem atingido níveis alarmantes na região. Na somatória das sete cidades, a comparação de fevereiro e março de 2016 possibilita observar elevação de 17,9%.
No primeiro lugar das cidades do ABC mais perigosas para o sexo feminino está Santo André. Em fevereiro desse ano, oito mulheres foram violentadas, enquanto em março os estupros chegaram a 12 casos. O segundo lugar fica com São Bernardo, que foi de cinco para sete casos no mesmo período.
Mauá e Diadema ficaram empatadas e apresentaram seis casos de estupro cada uma, sendo que a primeira registrou sete casos em fevereiro de 2016 e a segunda, três. São Caetano e Ribeirão Pires também estão na mesma, com um caso de estupro em cada uma. Por último vem Rio Grande da Serra, que não apresentou nenhuma ocorrência em março, ante três em fevereiro.
O número de estupros na região aumenta justamente quando a UFABC (Universidade Federal do ABC) passa por um momento delicado. Nas últimas semanas uma série de abusos têm sido realizados nas redondezas da universidade. Por conta da gravidade da situação será realizada uma audiência pública na próxima segunda-feira (2), no campus São Bernardo, com o objetivo de promover o debate sobre gêneros na sociedade. (Leia mais aqui)