Ao mesmo tempo que Santo André tenta resolver seus problemas de ordem financeira, a Administração busca atrair novas empresas para, desta forma, gerar empregos e aumentar a arrecadação de tributos. Como é difícil concorrer com cidades do interior que têm terrenos de sobra para oferecer a novos empreendimentos de grande porte, o município aposta em medidas como a implantação do Parque Tecnológico para voltar a ser um “gigante viveiro industrial”, como diz o hino da cidade.
O parque tecnológico é visto pelos gestores como marco de uma nova fase de industrialização de Santo André. Essa nova fase não atrairá empresas tradicionais e sim empreendimentos voltados à tecnologia, que ocupam pouco espaço físico, desenvolvem produtos com alto valor agregado e necessitam de mão de obra extremamente qualificada. A Prefeitura conta com três áreas disponíveis para implantação e a ideia é usar o espaço localizado na avenida dos Estados, nas antigas instalações da Rhodia Química, que necessita de uma reforma que deve custar cerca de R$ 14 milhões.
O município também investe em projetos como a Sala do Empreendedor e a reativação da Incubadora de Empresas. A Sala do Empreendedor, por exemplo, visa orientar empreendedores que queiram abrir ou formalizar suas empresas e, entre janeiro e dezembro de 2015, realizou 9.581 atendimentos, que resultaram na abertura de 2.469 novas empresas (cerca de 50% do total), sendo que 1.721 são MEIs (Microempreendedores Individuais).
A Incubadora é vista como embrião do Parque Tecnológico, pois o processo para admissão de empreendimentos para serem incubados é criterioso. Os novos empresários têm de ter um bom plano de negócios e ideias inovadoras. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Santo André também desenvolveu um programa para visitação de empresas de todos os segmentos para conhecer as reais necessidades da indústria, comércio e serviços já instalados no município.
Eixo
A avenida dos Estados ainda é considerada o principal eixo de desenvolvimento industrial do município. Assim como o então prefeito Celso Daniel, morto em janeiro de 2002, vislumbrava no projeto denominado Eixo Tamanduateí, a possibilidade de expandir a economia local, a atual gestão também acredita que é ali que está o progresso.
De acordo com informações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, a avenida dos Estados tem 2 milhões de metros quadrados de áreas não utilizadas dentro de um espaço total de cerca de 9 milhões de metros quadrados. A metragem informada inclui terrenos vazios e também ocupados com estruturas industriais subutilizadas ou simplesmente sem atividade alguma.