Ibovespa cai 1,64% em novembro e termina no menor patamar desde setembro

O último pregão de novembro foi marcado pelas denúncias envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o banqueiro André Esteves, pelas preocupações com a aprovação da meta fiscal de 2015 e pela avaliação do rating brasileiro pela S&P. Com tudo isso, a Bovespa, que acumulava alta em novembro, caiu nesta segunda-feira, 30, e terminou o mês no vermelho. Além disso, fechou no menor nível em dois meses.

O Ibovespa encerrou o dia em baixa de 1,64%, aos 45.120,36 pontos, menor nível desde os 45.059,34 pontos de 30 de setembro. Na mínima, marcou 45.106 pontos (-1,67%) e, na máxima, 45.931 pontos (+0,13%). O giro financeiro totalizou R$ 11,698 bilhões.

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O mercado já repercutiu logo cedo a denúncia de que André Esteves teria pago R$ 45 milhões para Eduardo Cunha para que o parlamentar garantisse a aprovação de uma emenda a uma medida provisória que atendia aos interesses do banqueiro. Este, por sua vez, teve sua prisão temporária convertida em preventiva.

O BTG negou as denúncias envolvendo Cunha. A instituição anunciou, para tentar conter os danos, a troca de presidente, com a indicação de Pérsio Arida, até então interino, para a presidência do Conselho de Administração e, para o cargo de Esteves, Marcelo Kalim e Roberto Sallouti, que trabalharão como co-CEOs da instituição. BTG Unit fechou hoje em baixa de 8,53% e, em novembro, em queda de 27,18%.

Além de Esteves/Cunha, o mercado ainda trabalhou na expectativa pela votação da meta fiscal de 2015, prevista para amanhã. Seu adiamento obrigou o governo a baixar um decreto de contingenciamento de R$ 11,2 bilhões válido a partir de amanhã. Também nesta terça-feira está prevista sessão no Conselho de Ética para apreciar parecer prévio que pede a admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar de Eduardo Cunha, que, por sua vez, deve anunciar sua decisão sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma. Também chega amanhã a missão da S&P ao Brasil.

Vale ON caiu 0,98% e Vale PNA, 4,06%, afetada pela notícia de que o governo federal e os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo vão entrar com uma ação na Justiça para cobrar R$ 20 bilhões das três empresas por causa do acidente da Samarco.

Petrobras, que vinha operando em baixa, virou para cima no meio da tarde e fechou com alta de 0,86% na ON e de 0,92% a PNA.

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