As bolsas europeias fecharam em alta, em sua maioria, apoiadas pelas expectativas de estímulos monetários por parte do Banco Central Europeu (BCE), que se reúne na próxima quinta-feira, 3. O enfraquecimento do euro e dados positivos da Alemanha também influenciaram o mercado acionário do continente.
O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,46% nesta segunda-feira, 30, para 385,43 pontos. No mês, o avanço foi de 2,7%, marcando o segundo ganho mensal consecutivo após o rali de 8,0% em outubro.
Cada vez mais analistas apostam que o BCE vai ampliar os estímulos no continente, com o objetivo levar a inflação na direção da meta abaixo de 2%. A medida ajudaria a diminuir o valor da moeda única europeia. Às 16h17 de Brasília, a divisa recuava a US$ 1,0561, tornando a importação de bens produzidos no continente mais acessível para outros países.
Muitos investidores estão à espera de uma ampliação do programa de relaxamento quantitativo. Nessa ação, a autoridade monetária compra títulos de dívida que estão nos bancos e, em troca, entrega euros com a expectativa de que essas instituições os emprestem para os clientes e, assim, incentive a atividade econômica. Analistas também acreditam que pode ser acentuado o juro negativo cobrado dos bancos que deixam dinheiro parado no BCE.
Além disso, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha, a maior economia da zona do euro, teve ligeira alta de 0,1% em novembro ante outubro e avançou 0,4% na comparação anual, segundo dados preliminares divulgados nesta segunda-feira pela agência de estatísticas do país, a Destatis. Os números vieram em linha com as expectativas de analistas consultados pela Dow Jones Newswires.
Na Alemanha, a Bolsa de Frankfurt fechou em alta de 0,78%, para 11.382,23 pontos (+4,90% no mês) apoiada pela queda do euro – que beneficia a economia do país voltada para a exportação. No terreno dos ganhos está a Lufthansa, que subiu 1,4% – após um acordo salarial com os funcionários no fim de semana – e a Infineon Technologies, que ganhou 3,51%. Já a Vonovia recuou 3,15%.
O índice CAC 40 da Bolsa de Paris subiu 0,56%, para 4.957,60 pontos, impulsionada pelas empresas de artigos de luxo. A LVMH Möet Hennessy Louis Vuitton viu seus papeis avançarem 1,80% depois de comprar uma fatia minoritária da Repossi, em um acordo que pode ajudar a fabricante de joias a expandir sua riqueza. A Kering também verificou ganhos e subiu 1,05%. Em novembro, a bolsa francesa registrou um avanço de 1,22%.
Já no Reino Unido, a Bolsa de Londres fechou em queda de 0,30%, aos 6.356,09 pontos, pressionada pelas perdas do setor bancário, que foi impactado pelos resultados negativos dos testes de estresse aplicados pelo banco central do país. O índice FTSE 100 apagou os ganhos de novembro e encerrou o mês com perda de 0,08%. Na sessão de hoje, estavam no terreno negativo o Lloyds Banking Group (-0,60%), o HSBC Holdings (-1,01%), o Royal Bank of Scotland Group (-1,40%) e o Barclays (-0,49%).
Na Espanha, a Bolsa de Madri fechou em alta de 0,74% no dia, aos 10.386,90 pontos e avançou 0,25% em novembro; a Bolsa de Milão subiu 0,63%, para 22.717,98 pontos (+1,23% no mês); e a Bolsa de Lisboa recuou 0,19%, para 5.350,36 pontos (recuo de 2,16% em novembro). (Com informações da Dow Jones Newswires)