Sindicato deveria berrar contra o Governo, diz Skaf

Skaf visitou os novos laboratórios da unidade em São Bernardo (Foto: Divulgação)

Na maior parte dos 18 minutos de seu discurso durante um evento no Senai Mário Amato, no bairro Assunção, em São Bernardo, nesta sexta-feira (23), o presidente do Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf fez duras críticas ao Governo Federal pelos cortes no orçamento para o Sesi e o Senai, e também ao Sindicato dos Professores do ABC (Sindpro-ABC) que protestava em frente ao equipamento escolar. “Tudo isso que está aí fora é uma enganação”, falou.

O foco do empresário foi a falta de cortes de gastos da União. Segundo Skaf, até o final do ano o Governo Federal aumentará as suas despesas em 9,5% e as suas receitas em 3,5%. “Isso significa R$ 60 bilhões de furo esse ano, fora o furo que já está previsto no ano que vem, que de forma irresponsável o Governo transfere o seu papel de governar ao Congresso Nacional um orçamento com o déficit de R$ 50 bilhões, o que não é verdadeiro, o déficit para esse ano são R$ 80 bilhões, no ano que vem são R$ 140 bilhões e o pior é que continua gastando mais do que arrecadando”, esbravejou.

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Depois passou a criticar os cortes de repasses para o Sesi e Senai. Skaf afirmou que o corte de 30% que foi anunciado pela União diminuiu para 25%, mas o corte será maior, pois com a crise econômica fará com que as entidades deixem de arrecadar 20% no próximo ano. ” Eles (União) não cumprem e querem que a sociedade além de pagar os impostos, além de todo o ônus que tem em cima das pessoas, que tenhamos que fazer aquilo que eles tem que fazer, um absurdo”, afirmou.

Na sequência fez criticas o Sindpro-ABC que fazia um protesto na frente da unidade. “É lamentável essa enganação, tudo isso que está aí fora é uma enganação, é uma enganação por que? Porque eles sabem muito bem onde está o problema, sabem muito bem que nesses 10 ou 11 anos nós só investimos em novas escolas, nós investimos no Sesi e no Senai, a industria de São Paulo investiu maciçamente e com saúde financeira, porque é um trabalho sério”, disse Skaf que afirmou não se incomodar com o ato e que o mesmo só acontecia, pois os manifestantes eram “petistas” como o Governo comandado por Dilma Rousseff (PT).

Entre as medidas para contenção de gastos, Skaf apenas confirmou que me reunião na última quarta-feira (21), foi acertado que não haveria matrículas para o 1º ano do ensino técnico no primeiro semestre de 2016. Mas no palco acabou pedindo para que a diretoria pudesse rever este caso para ver ser era possível manter as matrículas. Porém deixou claro que novos investimentos não serão feitos no primeiro momento.

Em nota, o Sindpro-ABC afirmou que a estratégia de Skaf seria fechar o período integral do 6º ao 9º ano, em 2016, acabar com as classes de 1º ano do Ensino Fundamental, “deixando de atender cerca de 1.700 alunos em 54 turmas”, além da demissão de professores. O empresário não falou sobre essas medidas.
 

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