ABC tem maior taxa de desemprego em seis anos

Alexandre Loloian, da Fundação Seade

A taxa de desemprego na região alcançou 13,6% em agosto, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada nesta quarta-feira (30). É o pior índice desde outubro de 2009, quando o indicador chegou a 13,8%. O levantamento foi realizado pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal.

Assim como aconteceu em outros meses, novamente foi o desempenho negativo da indústria o principal responsável por elevar o número de desempregados no ABC. O setor eliminou 12 mil postos de trabalho em apenas um mês, entre julho e agosto de 2015, com destaque para a área de metal-mecânica, responsável pela eliminação de 7 mil empregos.

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De acordo com o levantamento, chegou a 188 mil o número de pessoas sem emprego na região em agosto. O montante representa 11 mil a mais do que no mês anterior.

“A queda da ocupação no ABC foi forte em agosto, com redução de 20 mil postos de trabalho. Além da indústria, houve redução de emprego também no comércio, o que nos surpreendeu. A gente esperava que o setor já estivesse começando a se preparar para as vendas de fim de ano”, afirma o técnico da Fundação Seade e coordenador da pesquisa, Alexandre Loloian. O comércio eliminou 7 mil postos de trabalho em agosto.

Uma das poucas boas notícias do levantamento é que o nível de emprego em Serviços se manteve estável entre julho e agosto desse ano. O desempenho dos Serviços tem peso significativo no índice de desemprego porque a maioria dos trabalhadores do ABC (55%) atua neste setor.

A atual taxa de desemprego no ABC (13,6%), referente a agosto, supera o índice registrado em agosto do ano passado (11,3%) e em julho de 2015 (12,7%).

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