Vazamento na Vila Homero Thon causa transtorno a moradores

Vazamento de água não cessa durante o dia inteiro (Foto: Pedro Diogo)

Um vazamento na rua Rocha Ferreira, na Vila Homero Thon, em Santo André, tem causado dor de cabeça para a autônoma Denise de Souza, de 53 anos. O problema é antigo, mas nos últimos dois meses a situação piorou e a grande quantidade de água que jorra de um bueiro já causou muitos danos à munícipe. O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) atendeu as solicitações de reparo, mas não conseguiu resolver o problema.

A moradora já convive com esses transtornos há mais de três anos e com as chuvas dos últimos dias, o problema tem fugido do controle. O vazamento ficou mais intenso e, quando caem pancadas muito fortes, o esgoto se mistura com a água pluvial e começa a sair da tampa. “Com a chuva da madrugada de hoje (ontem), minha calçada amanheceu cheia de fezes”, reclama a autônoma.

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Vazamento de água não cessa durante o dia inteiro (Foto: Pedro Diogo)

Com a crise hídrica que assola todo o estado de São Paulo, a economia de água se tornou uma exigência e lavar as calçadas com mangueiras agora é um ato passível de multa. “Mas e no meu caso? A minha calçada fica suja? Se alguém me pegar lavando a calçada com água eu vou ser multada?”, questiona Denise.

Para tentar resolver a situação, Denise já entrou em contato com o Semasa, mas há mais de dois meses nenhum funcionário de autarquia conseguiu solucionar o problema. O pior é que nas últimas semanas, quando liga, tem tido dificuldades para ser atendida. “O problema aqui é tão antigo que eles já devem conhecer o caso e não atendem as minhas solicitações”, conta.


Carros precisam passar devagar para não molhar os pedestres nas calçadas (Foto: Pedro Diogo)

Ao perceber que a situação não seria resolvida tão cedo, a autônoma fez reformas na casa para evitar que a água entrasse na residência, como elevação do terreno e a instalação de comportas nos portões da garagem. “Já teve vezes que a água invadiu o lado de dentro e estragou carro, geladeira, carpete e móveis”, afirma.

A reportagem entrou em contato com o Semasa que, em um primeiro momento, informou por meio de nota que o vazamento ocorre pelo lançamento de águas de chuva em um coletor de esgoto. A ligação irregular teria sido feita por uma empresa contratada pela autarquia e que ainda não havia entregue a obra. Devido ao não término do serviço, o Semasa não possuia o cadastro da rede, mas fez o pedido para nivelamento e cadastramento do coletor.

Poucas horas depois, a assessoria de imprensa entrou em contato para explicar que, por falha interna, o teor da nota enviada estava incorreto e mandou outra explicação. A nova resposta informa que “o Semasa implantou uma rede coletora de esgoto na Rua Rocha Ferreira e na Rua Leonardo da Vinci até o Coletor Tronco do Córrego Cassaquera. Esta rede nova também pega a contribuição da rede que já existia na Rua José Veríssimo e que lançava o esgoto diretamente no Córrego Tijuco Preto (canalização fechada). Em dias secos e condições normais esta nova rede coletora de esgoto tem funcionamento normal. Em dias chuvosos, quando há contribuição de águas pluviais (de chuva) dos imóveis, que lançam irregularmente na rede coletora, ocorre o retorno de esgoto, uma vez que a rede de esgoto não é dimensionada para receber contribuição pluvial”.

A nota prossegue com a informação de que o Semasa “vai identificar e notificar os imóveis que fazem esta ligação irregular na rede de esgoto para regularizarem seus lançamentos de água de chuva, os transferindo para a rede de água pluvial, retirando-os assim da caixa de esgoto dos imóveis, eliminando o problema”. E completa: “Não há qualquer procedimento irregular da obra implantada nem qualquer ligação irregular de esgoto. Pelo contrário, a obra é importante, pois retira o esgoto que era lançado no córrego Tijuco Preto e o interliga na nova rede coletora para condução até o Coletor Tronco Cassaquera.”

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