Terminou em gritaria e tumulto a sessão da Câmara andreense nesta quinta-feira (24). Líderes do Movimento de Moradia dos Trabalhadores Andreenses (MMTA) protestaram, aos berros, contra o resultado da votação de projeto de lei que altera o classificação de uma área de Zona Especial de Interesse Ambiental para Zona Especial de Interesse Social. A proposta viabilizaria a construção de moradias populares em terreno localizado na avenida Valentim Magalhães.
Foram nove votos “sim”, 10 abstenções e duas ausências, placar insuficiente para que o projeto passasse. O coordenador geral do movimento, Astrogildo Campos de Sousa, foi o mais enfático nas críticas – esbravejou, gritou e apontou o dedo para os vereadores. “Quando é para os ricos vocês aprovam, mas para os pobres vocês rejeitam”, falou, aos berros.
“Disse para o movimento que seria arriscado colocar em votação porque ainda tinha muitas coisas no projeto para serem esclarecidas. Eles insistiram para que fosse votado hoje, avisamos que poderia dar problema e foi o que aconteceu”, justifica a vereadora Bete Siraque (PT).
“Vamos voltar terça-feira e eles vão ver a força do movimento. Não vamos deixar ter sessão”, promete Astrogildo de Sousa, que foi vereador em Santo André na década de 90.