Greve das viações Guarará e São José chega ao fim

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Trabalhadores das viações Expresso Guarará e São José, que entraram em greve na madrugada da última terça-feira (23), decidiram encerrar a paralisação. O retorno ao trabalho começou aos poucos, no final da manhã desta quarta. Cerca de 480 funcionários das duas empresas estavam parados.

Pesou na decisão o fato de o Tribunal de Justiça ter ameaçado multar o Sindicato dos Rodoviários do ABC (Sintetra), caso 60% da frota não voltasse a circular. A punição imposta pelo TJ foi de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento.

Segundo o sindicato, no entanto, o principal motivo para desistência da greve foi o temor de que a paralisação levasse a uma atitude extrema dos donos das viações.

“O empresário está sendo convocado para participar de reuniões e não participa. Não aparece com contraproposta, não diz porque está atrasando o Fundo de Garantia. Diante dessa situação, chegamos à conclusão que ele quer dar um golpe nos trabalhadores, entrar com pedido de recuperação judicial e surrupiar os funcionários”, afirma o secretário de Comunicação do Sintetra, Marcos Aleixo.

A greve acabou sem que nenhuma das reivindicações apresentadas pelos trabalhadores tenha sido atendida. O movimento teve como estopim a demissão de dois funcionários nesta semana, um deles integrante da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).

Além da readmissão dos funcionários, a pauta incluía a regularização do depósito de FGTS, fim de assédio moral e melhoria nas condições de trabalho. O Sintetra vai procurar o prefeito Carlos Grana (PT) nesta quinta-feira para pedir auxílio do governo na mediação das demandas dos trabalhadores.

Durante a paralisação, cerca de 480 trabalhadores cruzaram os braços, prejudicando mais de 63 mil passageiros da viação Expresso Guarará (que opera linhas municipais na região da Vila Luzita) e São José (que opera linhas intermunicipais de Santo André a São Caetano).