Acordo de lideranças vira celeuma em São Bernardo

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Um acordo de lideranças causou uma grande celeuma entre os vereadores de São Bernardo, durante a sessão desta quarta-feira (15). Um bloco de matérias de autoria da oposição e do G9 foram barrados após falta de acordo com o líder do PT, José Cloves. Irritado, Osvaldo Camargo (PPS) chamou a bancada petista de “tropa de vagabundos”.

Com a sessão tomada pela morosidade – com direito a falta de energia elétrica, os vereadores resolveram fazer as votações por acordo de liderança. A ideia era aprovar um projeto do Executivo que cria a Taxa de Autorização e Licenciamento Ambiental, e depois aprovar os requerimentos dos vereadores. Mas nem tudo deu certo.

Além do projeto do Executivo, apenas três requerimentos dos vereadores Hiroyuki Minami (PSDB), Gilberto França (PMDB) e Antônio Cabrera (PSB) foram aprovados em consenso. Um quarto bloco com proposituras de Fábio Landi (PSD), Pery Cartola (Solidariedade) e Osvaldo Camargo (PPS) acabou ficando de fora após o petista José Cloves alegar que não sabia do acordo.

Cloves pediu a suspensão dos trabalhos para gastar o tempo de sessão. A estratégia deu certo, principalmente para evitar a aprovação de um pedido de informações de Camargo sobre a utilização de um ônibus escolar para auxiliar na campanha da deputada estadual Ana do Carmo e da presidente Dilma Rousseff (ambas do PT). Segundo o popular-socialista, o veículo foi flagrado com várias bandeiras de campanha.

“Esse pessoal do PT é uma tropa de vagabundos. Eles fizeram um acordo de lideranças para aprovar um projeto do Executivo e outros requerimentos (dos vereadores), mas o Zé (Ferreira, PT) nos passou a perna”, esbravejou Osvaldo Camargo no fim da sessão.

Ferrarezi ponderou sobre o assunto. “Eu só leio os acordos que eu tenho certeza que não serão impugnados. Quando eu recebi o último acordo, eu vi alguns vereadores dizendo que vão impugnar o acordo, então eu não li, pois isso é muito chato para os vereadores. Parece que nesse acordo não estava tudo certo, parece que faltava a assinatura de alguns vereadores”, disse o presidente.