Juros futuros estendem queda da véspera com dólar e varejo

Os juros futuros operam em baixa desde a abertura nesta quarta-feira, 12, estendendo o movimento de queda da véspera. A desvalorização do dólar, principalmente, e a leitura de um varejo fraco são citados por operadores como alguns dos motivos para o declínio das taxas. Eles acrescentam que ainda há ajustes à revisão da perspectiva do rating do Brasil pela Moodys de “negativa” para “estável” ontem.

Às 9h49, o DI para janeiro de 2016 apontava 14,23%, ante 14,270% no ajuste de ontem. O para janeiro de 2017, 13,91%, de 14,03%. O para janeiro de 2018, 13,62%, de 13,73%. No trecho mais longo da curva a termo, o contrato com vencimento em janeiro de 2021 indicava 13,53%, ante 13,60% no ajuste anterior.

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A revisão da perspectiva do rating para “estável” é bem recebida porque muitos agentes apostavam que a Moodys atribuiria perspectiva negativa, deixando o País muito próximo de um novo rebaixamento. O rating soberano do Brasil caiu para Baa3 ontem. Como não se confirmou um outlook “negativo” e o Brasil mantém o selo de bom pagador, ficou afastado, por enquanto, o risco de uma fuga de capitais estrangeiros do País.

Na agenda de indicadores, a queda de 2,7% nas vendas do varejo restrito em junho ante igual mês de 2014 foi a maior neste tipo de confronto desde 2003, quando o recuo foi de 5,8%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando o resultado do primeiro semestre, a queda de 2,2% em relação a igual período no ano passado interrompe 11 anos de taxas positivas e é a maior retração nas vendas desde o primeiro semestre de 2003, quando a queda foi de 5,7%.

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