Obras em viadutos aguardam aprovação do Governo Federal

Viaduto Antonio Adib Chammas espera notificação do STN para ter obras iniciadas em 2016. (Fotos: Acervo/RD)

Com o objetivo de sanar os problemas de trânsito em Santo André – tema abordado pelo RD na última sexta-feira (7/8) –, a Prefeitura ainda aguarda aprovação do Governo Federal para a liberação do financiamento das obras de mobilidade urbana. Segundo a assessoria da cidade, O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) analisou os projetos e deu seu aval ao financiamento, mas ainda está em aberto o processo administrativo junto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN). A aprovação está prevista para ocorrer ainda neste ano.

“Cerca de 30% dos projetos básicos já foram encaminhados ao BID para aprovação sendo: Complementação do Viaduto Antonio Adib Chammas, do complexo viário de Santa Terezinha e dos corredores de transporte na Av. Principe de Gales / Av. José A. A. Amazonas e na Av. Santos Dumont / R. Giovanni Battista Pirelli”, explica a assessoria, em nota. A agenda espera que o início das obras do Viaduto Antonio Adib Chammas e do complexo viário de Santa Terezinha ocorram no primeiro semestre de 2016.

Newsletter RD

Creso Franco Peixoto, professor de Engenharia Civil da FEI, diz que construção de viadutos e alargamento de ruas não resolvem os congestionamentos em regiões com alta densidade de veículos como Santo André, onde, segundo o Departamento de Engenharia de Trânsito, há 1,8 carros para cada habitante. “Quem não saía de carro começa a utilizá-lo. Corredores de ônibus e ciclofaixas também demoram para ter efeito positivo”, afirma. Segundo o professor, além de metrô, a solução é transporte coletivo. “Tem de dar vontade de deixar o carro em casa, e não ser obrigado a deixar o carro em casa”, pontua.

A assessoria de Santo André retruca. “Trata-se de um programa de mobilidade que inclui a construção de viadutos e corredores de transporte com a qualificação dos passeios da iluminação pública, acessibilidade, paisagismo e novos equipamentos públicos, como pontos de ônibus”, afirma.

De acordo com a Prefeitura, a definição dos projetos funcionais foi elaborada com base em pesquisas volumétricas de automóveis, ônibus e caminhões, além de pesquisas quanto à origem/destino dos veículos no entorno. “As alternativas foram testadas através de um software de simulação de tráfego e avaliadas as vantagens e desvantagens de cada proposta, relativas ao tempo de viagem atual e o tempo de viagem após a obra, o comprimento de filas, os custos de cada alternativa e outros indicadores de desempenho”, diz a nota.

A Prefeitura defende que, além dos estudos de tráfego, foram elaboradas análises de viabilidade econômico-financeira das obras e seus impactos socioambientais.” Todos esses estudos demonstram a viabilidade dos projetos propostos”, argumenta.
 

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes