Santo André forma mais 105 haitianos em língua portuguesa

Em Santo André, os primeiros haitianos chegaram em 2011, após um terremoto assolar o país caribenho.

Com direito à comida típica, a Prefeitura de Santo André realizou nesta sexta-feira à noite (31), no salão social da Paróquia Santa Maria Goretti, no bairro Utinga, a cerimônia de formatura de mais 105 haitianos, residentes em Santo André, no curso de língua portuguesa e cultura brasileira. O secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Paulo Roberto Martins Malsdos, participou do encontro.

Trata-se da segunda turma formada no curso, com duração de 100 horas. A proposta, além de uma ação intersecretarial, busca combater a exploração de mão de obra, com a colocação no mercado de trabalho dessa população alvo. “Temos cerca de 250 pessoas formadas até agora. Nosso objetivo é que se tornem multiplicadores do aprendizado”, afirmou a diretora de Humanidades, Maria Ferreira de Souza, mais conhecida como Loló.

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Prefeita em exercício e secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Oswana Fameli, apontou como Santo André acolheu a população originária do continente americano. “Nossos irmãos haitianos aqui chegaram em busca de oportunidades e encontraram uma cidade de portas abertas nessa acolhida. Temos orgulho de fazer parte desse processo”, afirmou. E completou: “Além da língua portuguesa, eles estão se apropriando de nossa cultura”.

Em Santo André, os primeiros haitianos chegaram em 2011, após um terremoto assolar o país caribenho. A maioria conseguiu visto para permanecer legalmente no Brasil, além de carteira de trabalho. A população estimada é que hoje são cerca de 700 residentes no município – grande parte instalada entre os bairros Utinga e Vila Metalúrgica.

Loló apontou ainda que parcerias estão sendo importantes para abertura de vagas no mercado de trabalho, além de outros tipos de cursos, inclusive profissionalizantes. “Temos haitianos hoje trabalhando, por exemplo, em unidades básicas de saúde (Utinga e Jardim Bom Pastor) para facilitar a comunicação entre eles, os médicos e as equipes de enfermagem”, disse. A procura por atendimento médico por esse público, tem se concentrado, essencialmente, nesses dois equipamentos públicos da cidade.

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