Novo bispo de Santo André toma posse neste domingo

Para D. Cipollini, o Papa tem força para reconquistar fiéis (Foto: Divulgação)

A cerimônia de posse do novo bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, será realizada neste domingo (26), na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro, a partir das 16h. Consciente da importância histórica da Diocese na política do ABC, Cipollini avisa que, em primeiro lugar, vem para anunciar o Evangelho como Jesus Cristo mandou e que a política é uma consequência da convivência com o cotidiano de uma cidade e de uma região.

“Entendo que a pregação do Evangelho toca na vida da cidade e a partir daí entra a política com pê maiúsculo. Envolvimento este para a promoção da dignidade humana. Então, o que espero é trabalhar para evangelizar as pessoas numa pastoral que também tem a promoção do ser humano como objetivo”, disse o novo bispo.

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Cipollini será o quinto bispo da região e vai substituir o catarinense Dom Nelson Westrupp, que comandava a Diocese andreense desde 1º de outubro de 2003 como sucessor de Dom Décio Pereira. Westrupp pediu renúncia do cargo por já ter completado 75 anos, decisão prevista no Código Canônico da Igreja Católica e que equivale a um pedido de aposentadoria.

Nascido em Caconde, interior de São Paulo, Dom Pedro Cipollini está à frente da Diocoese de Amparo, também no interior de Estado, desde 2010. Nomeado pelo Papa Francisco para comandar a Igreja Católica no ABC, o novo bispo diz que chega ao ABC de coração aberto para levar uma mensagem de paz.

No que diz respeito à perda de fiéis católicos para outras denominações cristãs e até para outras religiões, Dom Pedro Cipollini demonstra muita confiança no trabalho feito pelo Papa. “O fenômeno da saída de fiéis é percebido de forma geral. Como estou chegando, não tenho informação suficiente sobre a saída de fiéis no âmbito da Diocese de Santo André. Porém, com o novo Papa (Francisco), católicos antes indecisos têm voltado porque a mensagem do Papa tem muita força”.

Para o bispo, a maior preocupação tem de ser com a pregação do Evangelho e com suas consequências ao impulsionar o amor fraterno. Essa seria a maneira de estancar o afastamento de fiéis, pois tudo vem ao seu tempo sem necessidade de desespero.

Alinhamento
O novo bispo andreense também mostra estar bastante alinhado com o Papa. Posições tomadas pelo líder máximo da Igreja Católica, consideradas polêmicas por boa parte da sociedade como homossexualismo, divórcio e até questões que envolvem a briga ideológica entre capitalismo e socialismo, são analisados por Dom Pedro Cipollini, como sendo naturais.

“O que o Papa faz é apenas um esforço para chamar de volta quem está longe. A igreja tem a missão de acolher e não de selecionar quem vai e quem não vai ouvir e conhecer os ensinamentos de Cristo. Mas isso não significa fazer a vontatde de todo mundo. A mensagem bíblica será mantida, pois a Igreja prega uma verdade que não é dela e sim entregue a ela. Temos de passar o que Jesus ensinou. Isso não pode ser alterado. E todos têm o direito de conshecer essa mensagem”.

Quanto à polêmica da passagem do Papa à Bolívia, quando foi presenteado pelo presidente Evo Morales com uma cruz cuja base tinha o formato de uma foice e um martelo, símbolos do comunismo, Cipollini se limitou a dizer que o critério econômico deve mudar e passar a ter as pessoas como foco e não simplesmente o lucro.

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